Madeira

Mulheres representam mais de 50% dos pedidos de ajuda à AMI no Funchal

Em 2022, além de assinalar 25 anos, o Centro Porta Amiga do Funchal revela números crescentes nos pedidos de apoio, 335, até ao momento, sendo 56% realizados por mulheres em idade activa

None
Foto: Arquivo

Os dados da AMI revelam que 70% das pessoas com mais de 16 anos não exercem qualquer actividade profissional.

A maioria dos pedidos de apoio solicitados à AMI no Funchal ao longo de 2022 foram feitos por mulheres. Do total, estão em causa 56% dos pedidos, dos quais 90% estão em idade activa.

Desde o início de 2022, os pedidos de ajuda que chegam à instituição têm vindo a aumentar, conforme notou o presidente da AMI, Fernando Nobre, esta terça-feira, na visita que realizou àquele espaço.

Tendo em conta os números já registados em 2022 pelo Departamento de Acção Social da AMI, no primeiro trimestre deste ano, o centro apoiou 214 pessoas, das quais 17 pela primeira vez. O segundo trimestre do ano registou o acompanhamento de 246 pessoas, 26 das quais também novos casos. Já no terceiro trimestre do ano, foram 335 as pessoas apoiadas, das quais 29 pela primeira vez.

Ao longo deste período, a maioria dos pedidos de apoio foi realizada por mulheres, 56% no total e 90% das quais em idade activa, entre os 16 e os 66 anos.

Os serviços mais procurados correspondem ao apoio social em 46% dos casos, que se traduz num acompanhamento prolongado por parte de uma equipa de técnicos com o intuito de construir um plano de melhoria das condições de vida; acesso a refeitório para 26% dos pedidos de ajuda e 20% pediram acesso a vestuário doado.

O aumento tem sido notado, também, no refeitório do Centro Porta Amiga do Funchal, que serviu 1.440 refeições no primeiro trimestre, 1.963 no segundo trimestre e 2.209 refeições no terceiro trimestre. No entanto, 8% da população também foi apoiada com géneros alimentares.

Quase três terços (70%) das pessoas apoiadas não exercem qualquer profissão e 56% não têm formação profissional, revela a instituição em comunicado. "Os recursos económicos da maioria dos beneficiários do Centro Porta Amiga do Funchal provêm de apoios sociais como o Rendimento Social de Inserção, que representa 20% dos casos, ou subsídios e apoios institucionais que correspondem a 18%. As pensões e reformas representam 15% e apenas 8% das pessoas têm rendimentos de trabalho, que se revelam precários e insuficientes para fazer face às suas necessidades básicas", esclarece a mesma fonte.