No Catar de Costa a Costa

Muita tinta tem consumido ao longo destas semanas os vários temas que os meios de comunicação abordaram. No livro publicado pelo ex-governador do Banco de Portugal, aborda assuntos que muito se comenta, alguns falam, poucos conhecem e ninguém quer comentar desde que a mensagem venha da parte da classe política focada nessas páginas levantando o véu sobre uma situação que o país teima em esconder e que de vez em quando algum corajoso bem por denuncia ou por vingança política, o descortinar duma série de denúncias que por vezes na distorção da verdade produz mentiras verdadeiras e o boato se consagra numa realidade. O constante adiar da justiça perante evidências, leva a que a maioria dos portugueses aceitem isto da corrupção como facto consumado, sem resolução à vista e na impossibilidade de a justiça poder validar o seu verdadeiro papel. Mas afinal toda esta situação nós os cidadãos comuns continuamos a ter de levar com estas situações?

Porque à espera que a justiça que retira autoridade aos agentes que à partida é sua função impor a disciplina em cidadania, cumprir e fazer cumprir a lei, salvaguardar a segurança dos cidadãos e o bom funcionamento das regras em sociedade, parece quererem tirar partido do livre pensamento para perseguir ou intimidar aqueles que arriscam a vida (às vezes até por tão pouco) em prol da liberdade e da segurança dos portugueses. Sim porque apesar de serem cidadãos e livres de pensar como tal, os agentes da autoridade têm limitações que os impede de se expressar, afinal pondo talvez em causa o artigo 37.º da Constituição da República: 1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações. 2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura. Em alguns casos como o recente roubo onde o suposto assaltante foi a vítima do homicida, será caso para dizer: tem razão, mas vai preso. Um consócio de jornalista investiga alguns agentes das forças de segurança e na imprensa faz-se (o julgamento) perante a opinião pública antes que a justiça, será que esses mesmos consócios que investigou o caso, analisou outrora um cidadão estrangeiro membro da instituição SOS racismo, quando este manifestou publicamente que: Polícia bófia, acabar com a polícia, polícia bom era polícia morto, ou morte ao homem branco? Ou quando de uma manifestação pública em Abril de 2019 dum partido de extrema esquerda em cântico desejavam a morte do presidente da República do Brasil? Quanto a futebol muitos irão se Catar, mas estamos conversados mesmo que estejam em causa os direitos humanos (bandeira de protestos da extrema esquerda) mas como é óbvio defendidos por todos e que nada os move para como é seu apanágio virem para a rua, aliás! isso foi ultrapassado com a frase do máximo dirigente do país, mas enfim esqueçam lá isso. Enquanto da geringonça em que a (extrema-esquerda) fez parte do poder, as greves estiveram de férias, já reparam? Quanto à polémica entrevista de Ronaldo o maior embaixador de Portugal, este é o preço a pagar por ser livre, não ser politicamente correto, conquistar o seu estatuto à custa do seu empenho, trabalho, esforço e determinação, defender a família e os seus valores, representar dignamente e com orgulho a pátria e a terra que o viu nascer, valores esses que são condenados pelos que querem destruir a nação e é coisa que a maioria inveja pois não estão habituados, é o exemplo claro de tenacidade e conquista.

Infelizmente cada vez mais estamos a construir um país dividido muita à custa duma ditadura mental onde quase é impedido pensar, onde o certo se tornou errado e o indigno e a mentira passaram a ser valores a seguir numa subjugação às nossas cabeças.

A. J. Ferreira