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Estados Unidos ordenam embargo de armas ao Camboja, citando influência chinesa

Foto Shutterstock
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Os Estados Unidos ordenaram o embargo de armas ao Camboja, citando o aumento da influência militar chinesa, corrupção e violações dos direitos humanos pelo Governo e forças armadas daquele país do sudeste asiático.

Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), as novas restrições, emitidas pelos departamentos de Estado e do Comércio, deverão ser publicadas e entrar em vigor hoje.

Um aviso no Registo Federal apontou que os desenvolvimentos no Camboja são "contrários aos interesses da segurança nacional e da política externa dos EUA".

O objetivo do embargo é assegurar que bens e serviços relacionados com a defesa não são disponibilizados aos serviços militares do Camboja sem revisão prévia pelo Governo dos EUA, acrescentava-se na nota.

A medida segue-se às sanções do Departamento do Tesouro, em novembro último, contra dois altos funcionários militares cambojanos por corrupção, e surge numa altura de crescente preocupação com a influência de Pequim.

Na altura, o Governo dos EUA emitiu um aviso às empresas norte-americanas sobre a potencial exposição a entidades e militares cambojanos, envolvidos "em violações dos direitos humanos, corrupção e outras condutas desestabilizadoras".

O Camboja considerou que as sanções tinham motivações políticas.

Os EUA têm controlos semelhantes em relação às exportações de artigos que possam ser desviados para "utilizadores finais militares" em Myanmar, China, Rússia e Venezuela.

A China é o maior investidor e o parceiro político mais próximo do Camboja.

Nos últimos anos, o governo cambojano tem reprimido a oposição, fechado os meios de comunicação e forçado centenas de políticos, ativistas dos direitos humanos e jornalistas ao exílio.

Grupos de direitos humanos denunciaram detenções arbitrárias e outros abusos.