Sancha de Campanella afirmou, hoje, que "a corrupção além de uma violação legal, é uma violação ética". A vice-reitora do ISAL falava na palestra de abertura da 2º edição do Congresso Ibero-americano de Compliance, Governança e Anticorrupção - CIACGA 2021. Esta é uma iniciativa do Instituto Ibero-americano de Compliance (IIAC), sediado em Porto Alegre (Brasil) em parceria com Instituto Superior de Administração e Línguas (ISAL).

Sancha de Campanella destacou a “falta de programas específicos de 'compliance' nas instituições de ensino superior” e apontou a “dispersão dos mecanismos de prevenção e denúncia de corrupção no ensino superior”. 

A advogada e investigadora fez questão de frisar que a corrupção no ensino superior acontece "muitas vezes associada à investigação, ao financiamento, à avaliação de desempenho, na atribuição dos apoios, na contratação, nos processos de decisão dos órgãos sociais das instituições, na manipulação de resultados, no favorecimento de alunos em detrimento de outros, na corrupção dos recursos humanos, entre outros".

“Muitos comportamentos antiéticos são aceites como normais”, disse Sancha de Campanella, apontando que, “quando a educação é corrupta estamos a passar uma mensagem errada aos jovens. O sucesso pessoal não pode depender de favorecimentos.”. A advogada conclui que a “implementação de políticas organizativas que possibilitem o aumento da transparência nas instituições de ensino superior. Educar para a cidadania, através do desenvolvimento de acções de sensibilização para as práticas anticorrupção”.