Madeira

Governo “não se baseia no diz-se, diz-se”

Governante congratulou-se com a "zona tampão" numa área crítica onde habitualmente acontecem os incêndios

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Miguel Albuquerque visitou esta manhã um investimento na Fajã da Ovelha que está a levantar polémica. O governante diz que os documentos apresentados estão em conformidade.

O presidente do Governo Regional explicou há minutos que o seu Executivo não se baseia no “diz-se, diz-se”, mas em factos, “documentos ou registos” que justificam a titularidade de propriedade para poder financiar projectos. As palavras do governante servem para acalmar a polémica em redor de uma eventual “usurpação de terrenos” em zona florestal da Fajã da Ovelha, levantada por proprietários e corroborada pelo presidente da Junta.

 Miguel Albuquerque reagiu após se inteirar do investimento privado, orçado em 662 mil euros, e que mereceu apoio financeiro do PRODERAM, logo, segundo o governante, alvo de um escrutínio rigoroso.

“Todo o processo foi analisado pelo PRODERAM e instruído com documentos e registos de propriedade e escrituras, e neste momento não houve qualquer impugnação nem judicial nem extra-judicial”, declarou aos jornalistas, no dia em que o DIÁRIO dá conta, na edição impressa, que o autarca da localidade confirma que o “processo atinge de forma inequívoca áreas na posse ou em nome de diversos titulares da Freguesia da Fajã da Ovelha” e “constitui motivo de angústia para aqueles que estão na iminência de perder os seus bens esta revolta deve ser denunciada”, acusou numa nota enviada às redacções.

Para além de indignação e revolta, sustenta ainda Gabriel Neto concorda que a vista de Miguel Albuquerque “valida de forma prepotente todo este processo de obtenção  de terrenos contra a indignação e estupefacção da população que assiste impotente  à cobertura dada pelos serviços e departamentos da Administração Regional Representativa do Estado”.

Ora, Albuquerque considera que “qualquer pessoa que queira reclamar tem legitimidade para o fazer, e deve fazê-lo”, no entanto, reiterou que “as escrituras estão atestadas pelos respectivos notários. Se houver impugnação deve ser feita, mas não podemos nos basear no diz-se, diz-se".

Antes o congratulou-se por verificar que o investimento irá servir de "zona tampão" para evitar a propagação de incêndios, frisando que a vegetação predominantemente constituída por carqueja "será substituída por castanheiros e plantas endémicas e ainda com rede de abastecimento de água"

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