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E agora?

No aeroporto de Lisboa é tudo uma bandalheira e as pessoas são colocadas em risco

Poucas vezes me foi tão difícil escrever uma artigo de opinião. Há tanta coisa para se falar e só me apetece gritar um chorrilho de palavrões. Parece que o mundo anda louco. Literalmente o mundo. As atitudes e discursos erróneos dos líderes mundiais perante uma pandemia que mata. As repetidas contradições das organizações de saúde sejam elas mundiais, europeias ou nacionais que deviam ter um discurso claro, orientador e perceptível. Os nossos governantes nacionais que só metem os pés pelas mãos nesta gestão do desconfinamento.

A Governo Regional anda a adoptar uma postura activa enquanto que o Governo Nacional uma postura, no máximo, reactiva e muitas vezes passiva.

A Madeira faz o possível para ser um destino seguro, adoptando medidas preventivas nomeadamente para com quem chega à nossa ilha. No aeroporto de Lisboa é tudo uma bandalheira e as pessoas são colocadas em risco. A Madeira luta contra a exclusão da sua região dos corredores turísticos seguros. Lisboa deita todo o esforço a perder, tornando Portugal um país não seguro no contexto europeu e mundial.

Por cá em matéria de educação a oposição reivindica muito do que já foi anunciado pelo secretário regional, ficando eu a pensar se veem ou leem notícias. Noutras áreas a lenga-lenga repete-se sem inovação ou sem proposta de medidas concretas.

Eu vou escolher confiar nas recomendações do Governo Regional. Olhando para o panorama nacional foi das poucas regiões do país que decidiu as medidas que achou convenientes para a proteção da sua população, “marimbando-se” para as orientações nacionais, e os resultados são evidentes. Mas mais do que isso, individualmente vou adoptar as medidas adicionais convenientes para proteger a minha família e acho que todos devem fazer o mesmo. Seremos postos à prova nos meses que se seguem e depende de cada um de nós contribuir para que continuemos a viver numa região segura.

P.S- Vou ser politicamente incorreta com o que escrevo de seguida, pois sei que assumo um discurso de ódio: Considero-me uma pessoa intolerante com gente estúpida. Sou contra a brutalidade policial, mas também sou contra aqueles que provocam a autoridade provocam desacatos. Sou contra a bandidagem tanto de pé descalço como a de colarinho branco. Castrava e metia num buraco para o resto da vida pedófilos e quem mata crianças e pessoas inocentes e indefesas. Odeio os hipócritas que vêm para as redes sociais “chorar” pelos coitadinhos deste mundo mas maltratam os vizinhos e familiares. Sou contra políticos corruptos que enriqueceram à custa de muita gente inocente e que não fazem nada por quem precisa. Sou contra a desfaçatez da justiça que literalmente mata crianças e mulheres/homens por deixá-las(os) à mercê dos seus agressores. Acho mesmo que quem negligencia investigações ou toma decisões de forma leviana (sejam agentes da justiça, da segurança social, etc., etc.) devia ser punido, mas considero que os que têm boas práticas e bons resultados deviam ser valorizados e recompensados.

P.S.1- Gostava de fazer publicamente um elogio à Nélida Aguiar. Nunca fomos amigas, apenas conhecidas, mas fui seguindo o seu percurso pelas redes sociais. E deixem-me dizer-vos: mas que mulher. Quis o destino que a sua mãe padecesse de uma doença degenerativa e aí começou a sua luta. Tornou-se cuidadora da mãe e a voz activa que luta pelos direitos de todos aqueles que a vida mudou e se tornaram os salvadores e único apoio dos seus familiares. Muito tem sido feito pela voz desta mulher. A ti Nélida (e a todas as Nélidas), presto-te desta forma, uma humilde mas sentida homenagem. Desejo que nunca te faltem forças para a tua luta que representa a luta de milhares de cuidadores.

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