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Madeira

PS-M acusa PSD de impedir debate sobre desgaste dos professores

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A ideia, justificou esta manhã o Partido Socialista da Madeira, é por um lado apoiar os professores e, por outro,  melhorar a escola. Com isto em vista, o grupo parlamentar do PS-M organizou, na manhã deste Domingo, uma conferência de imprensa em frente à Secretaria Regional da Educação para protestar contra a posição do PSD, que rejeitou a subida a plenário de uma petição pública subscrita por mais de 3.600 professores da Região e que propunha que os deputados debatessem, na Assembleia Legislativa da Madeira, o desgaste da profissão docente, entre outros assuntos que preocupam os professores.

“O Partido Socialista discorda completamente dos argumentos apresentados. Argumentar o ‘chumbo’ com a ideia de que esses assuntos já foram debatidos na Assembleia Legislativa da Madeira, não tem qualquer fundamento, não tem qualquer justificação, nem faz qualquer sentido", considerou Rui Caetano, porta-voz do grupo em declarações à comunicação social. O também professor releva que a actual conjuntura exigiu dos professores “um trabalho extraordinário de adaptação às novas metodologias de trabalho”, com o ensino à distância, tanto através da telescola como com as alterações com que se confrontaram nas práticas pedagógicas

Estamos, neste momento, já com falta de professores na RAM e a curto, médio prazo, esta situação vai-se agravar"

Rui Caetano e os restantes membros do grupo parlamentar socialista acreditam que Jorge Carvalho tinha conhecimento de que a petição em causa seria rejeitada: “Estamos aqui junto à Secretaria Regional da Educação porque consideramos que o secretário regional da Educação não pode pactuar com este tipo de atitude e tem de assumir também as suas responsabilidades. Acreditamos que o Sr. secretário da Educação sabia que esta petição ia ser chumbada. Não é desta forma que se respeita o trabalho que os professores têm feito”, criticou Rui Caetano.

Entre os assuntos que os professores querem ver debatidos em plenário, relacionados com o desgaste da profissão, destacam-se as relacionadas com o horários da classe docente acima dos 60 anos, de modo a que estes não sejam obrigados a cumprir o período lectivo, se assim entenderem, e possam dedicar-se a outro tipo de actividades de apoio aos alunos. Os professores querem também que a pré-reforma seja debatida na Região, até no porque nos Açores já foi aprovada e no continente está a ser discutida.

Rui Caetano caracteriza as questões como “melindrosas”, mas importantes para o futuro da Educação na Região: “A nossa classe docente está cada vez mais envelhecida, há um desgaste imenso e é preciso encontrar soluções (…) Estamos, neste momento, já com falta de professores na RAM e a curto, médio prazo, esta situação vai-se agravar”. Apelando que é urgente delinear estratégias e propostas, o deputado socialista defende ainda que a “petição pública é um mecanismo que a sociedade civil tem para levar os assuntos que considera de interesse para uma classe profissional ou para a sociedade civil em geral, para que esses assuntos sejam debatidos pelos partidos políticos na Assembleia Legislativa e “aquilo que o PSD fez foi inviabilizar essa possibilidade, fechar a ALRAM apenas aos debates dos partidos. O PS discorda com essa atitude”, reforçou.

Por causa disso, o PS-M vai apresentar um voto de protesto na Assembleia Legislativa da Madeira.

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