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Madeira

PSD abstém-se e viabiliza empréstimo à Câmara de Santa Cruz

Os sociais-democratas exigem que a verba chegue “a quem mais precisa”

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Os deputados Municipais do PSD/Santa Cruz abstiveram-se, hoje, na votação da proposta apresentada pelo Executivo do Município em contrair um empréstimo de 2 milhões de euros, no âmbito da Covid-19.

Uma posição que teve por base “as dúvidas relacionadas com o destino que algumas das verbas deste empréstimo terão, nomeadamente eventos festivos a realizar em 2020 e 2021 e que, no entender do PSD, “não deveriam integrar o presente reforço de meios financeiros da autarquia”.

Ainda assim, “abstivemo-nos por considerar e acreditar que, na base desta proposta, está o apoio que urge aos Munícipes de Santa Cruz mais afectados pela crise e é isso que mais importa neste momento: ajudar quem mais precisa e de forma célere”, defendem os deputados do PSD que exigem o cumprimento do propósito a que este empréstimo se destina, relembrando a capacidade que este Executivo tem “de invocar necessidades financeiras para determinados fins e depois canalizar as verbas para um destino diferente” como foi o caso da “ECOTAXA e da Taxa de Protecção Civil”, explica o deputado municipal do PSD, Bruno Camacho.

“É isso que não vamos permitir”, insiste o deputado, garantindo que o PSD “nunca permitirá, em momento algum, que se usem verbas para fins distintos que não os de apoiar as famílias e as empresas de santa Cruz”. Afirmou que o seu Partido irá assumir “uma postura fiscalizadora, responsável e determinada quanto à execução deste e de outros empréstimos em sede própria e no momento oportuno, pois o nosso compromisso é com os Munícipes de Santa Cruz”.

Aliás, “só o facto de se querer aplicar 440 mil euros em actos festivos, a pagar pelo município durante 20 anos, sob a desculpa de serem um reforço e uma medida de apoio excepcional ao tecido empresarial do concelho, quando os mesmos já ocorrem há alguns anos, vem comprovar que o PSD tinha razão ao votar contra a proposta de Orçamento do Município de Santa Cruz para 2020, caracterizado pela sua má orçamentação e pela sua intenção eleitoralista, isto se considerarmos que, em 2021, há eleições autárquicas e que os valores imputados a estes são para 2020 e 2021”, reforça Bruno Camacho.

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