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Subsídios

O Presidente do Nacional em entrevista queixou-se do atraso nos subsídios ao futebol profissional que infelizmente são ainda pagos pela RAM. Não se ficando por aí instou ao Governo Regional (GR) “coragem” para aumentar o respetivo montante. Queixou-se ainda do setor do turismo por não contribuir para este seu “peditório”. Coragem é o que tem faltado ao GR e aos deputados da Assembleia Regional da Madeira para acabar com esse escândalo que é usar dinheiro público para pagar técnicos, jogadores e outras despesas relativas ao futebol profissional totalmente desacreditado por alguns dos seus dirigentes que se focam não em gerir bem os clubes mas em denegrir os adversários e instilar ódio e fanatismo em vez de respeito, e por adeptos arruaceiros e violentos até mesmo criminosos. Quem tem a obrigação de negociar e conseguir dos patrocinadores as verbas necessárias para viabilizar economicamente os respetivos associados e repartir o “bolo” com justiça é a LPFP mas que falha esse objetivo quando permite à TV de um clube transmitir os respetivos jogos caseiros privilegiando o seu interesse particular em detrimento dos restantes. As receitas necessárias para o futebol profissional terão de ser obtidas fruto da própria atividade e não à custa de subsídios públicos. O facto de sermos uma região ultraperiférica condiciona a nossa mobilidade e isso poderia eventualmente ser um fator a ter em conta nas deslocações das equipas de e para a Região, só que a obrigação de resolvê-lo cabe à República e não à RAM. Cristiano Ronaldo tem sido um excelente promotor da RAM, só que para atingir o patamar de excelência teve de sair de cá ou “estiolava” como muitos outros, o que invalida a sua premissa para justificar o desperdício de milhões em subsídios públicos. A sustentabilidade dos clubes do futebol profissional cabe a dirigentes que coloquem o interesse primordial do espetáculo futebol acima de quezílias imbecis, aos sócios dos clubes e aos consumidores e não ao erário público.

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