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Mais de três centenas de militares envolvidos em acções de patrulhamento para prevenir incêndios

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Foto Lusa

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, afirmou hoje que os três ramos das Forças Armadas têm cerca de 330 militares envolvidos nas acções de patrulhamento no âmbito da prevenção de fogos florestais.

"A importância é enorme. Nós estamos, nestes dias, numa situação de elevado risco devido às condições meteorológicas e uma das formas de mitigar o risco é, precisamente, ter as patrulhas a acontecerem de forma constante", afirmou João Gomes Cravinho.

O governante deslocou-se hoje a Rio de Moinhos, Abrantes, para acompanhar uma ação de patrulhamento do Exército, no distrito de Santarém, no âmbito da prevenção de incêndios florestais.

"Temos dezenas de patrulhas diariamente. Temos cerca de 330 militares envolvidos dos três ramos [Forças Armadas] com diferentes meios. Do Exército estão mais de uma centena envolvidos em permanência", afirmou.

Segundo o ministro, este trabalho de articulação permite que os militares estejam no sítio certo e no momento certo para vigiar e para dissuadir e para explicar às populações a importância de estarem atentos a possíveis ignições.

A Marinha e o Exército empenham entre hoje e domingo, 216 militares distribuídos por 24 patrulhas (seis da Marinha e 18 do Exército), em ações de patrulhamento dissuasor em 18 distritos de Portugal continental, de modo a minimizar o risco de incêndios florestais.

Esta mobilização resulta de um pedido da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) ao Estado-Maior General das Forças Armadas.

Além destes, o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA) informou hoje que as Forças Armadas têm mais 108 militares, entre elementos da Marinha e do Exército, em tarefas diárias de vigilância das florestas e sensibilização da população até 30 de setembro.

De acordo com o EMGFA, estes 108 militares estarão distribuídos por 36 patrulhas ao abrigo do Protocolo FAUNOS.

O Protocolo FAUNOS, celebrado em 2017 entre as Forças Armadas Portuguesas e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), contempla a realização de patrulhas por militares das Forças Armadas, na vigilância das áreas mais sensíveis da floresta e na sensibilização da população para a necessidade de adotar comportamentos adequados à prevenção dos fogos, em 14 distritos de Portugal continental, nos quais o ICNF tem responsabilidade, explica o EMGFA.

O ICNF disponibilizou ainda 36 viaturas, uma para cada patrulha.

Incêndios em Leiria, Castelo Branco e Porto

O incêndio que deflagrou na tarde de sexta-feira na freguesia do Arrabal, distrito de Leiria, dado como dominado à noite, mas que teve hoje uma "reactivação forte", entrou em resolução, segundo a Protecção Civil.

A informação consta na página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC).

Às 12h40, o comandante Pedro Araújo, da ANEPC, disse à agência Lusa que o incêndio, que consumiu uma zona de povoamento, foi dado como dominado pelas 21h32 de sexta-feira, mas teve "uma reactivação forte pelas 10h49" de hoje.

Pelas 13h25 estavam empenhados no combate às chamas 107 operacionais, apoiados por 32 viaturas e dois meios aéreos.

Na sexta-feira, este incêndio obrigou, por precaução, à evacuação de uma aldeia, mas hoje não houve essa necessidade, acrescentou o comandante Pedro Araújo.

Este sábado deflagrou também em Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco, um incêndio que mobilizou mais de 170 operacionais e dez meios aéreos. Neste momento, está em fase de resolução, de acordo com a Protecção Civil.

Segundo a página da ANEPC, o incêndio encontra-se "em resolução".

Às 12h40, o comandante Pedro Araújo disse à agência Lusa que o incêndio teve início pelas 11:46, numa zona de pinhal, na localidade de Almofala, acrescentando que o incêndio estava, naquele momento, "com uma frente activa a abrir com muita intensidade".

Pelas 13h15 estavam no teatro de operações 173 operacionais apoiados por 47 viaturas e uma dezena de meios aéreos.

Já no concelho de Paredes, distrito do Porto, está hoje a ser combatido por 210 operacionais, apoiados por 58 veículos e sete meios aéreos, após uma "reactivação forte", segundo a Protecção Civil.

Às 12h40, o comandante Pedro Araújo disse à agência Lusa que este incêndio é fruto de "uma reactivação forte", ocorrida cerca das 05 horas da madrugada, depois do incêndio, que deflagrou pelas 16h53 de sexta-feira, na freguesia de Recarei, ter sido dado como dominado uma hora antes, pelas 04 horas da madrugada.

Este operacional da ANEPC acrescentou que o incêndio tem três frentes activas, consome uma área de mato e que, até ao momento, não houve habitações em risco.

"A nossa expectativa é a de poder dominar o incêndio nas próximas horas, mas vai depender da capacidade de progressão dos meios no terreno", explicou o comandante Pedro Araújo.

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