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Madeira

Albuquerque não admite “vetos de gaveta” às propostas aprovadas na AR e vai anunciar apoios aos trabalhadores na terça-feira

“Não vamos admitir que duas decisões que são aprovadas no plenário da Assembleia da República sejam postas em causa por expedientes dilatórios”,
“Não vamos admitir que duas decisões que são aprovadas no plenário da Assembleia da República sejam postas em causa por expedientes dilatórios”,

“Não vamos admitir que duas decisões que são aprovadas no plenário da Assembleia da República sejam postas em causa por expedientes dilatórios”, avisa Miguel Albuquerque, numa primeira reacção à aprovação, em São Bento, dos diplomas que garantem a suspensão dos limites de endividamento da Região e o adiamento do pagamento de três parcelas do PAEF, num valor total de 144 milhões de euros.

O presidente do Governo Regional espera que os diplomas sejam rapidamente aprovados na generalidade e não admite atrasos na comissão especializada.

“Isso seria mais uma vergonha que iríamos imediatamente denunciar, porque a vontade da Assembleia da República, expressa de uma forma tão clara, não pode ser posta em causa por vetos de gaveta ou jogadas políticas”. Os diplomas, do PSD e do CDS, foram aprovados, por uma larga maioria de 121 votos, tendo apenas os votos contra do PS e a abstenção do PAN. Os três deputados do PS-M também votaram a favor.

“Fico muito satisfeito porque é de justiça esta aprovação porque quem vem beneficiar é a nossa população. Os portugueses residentes nas ilhas, os madeirenses e porto-santenses têm o direito de não serem discriminados e não serem alvos de injustiças, Houve uma responsabilidade da generalidade dos deputados com assento na Assembleia da República, com excepção do Partido Socialista”, afirma.

O presidente do Governo Regional lamenta que tenha sido necessário chegar a esta situação, depois de ter estado três meses à espera que o primeiro-ministro desse uma resposta à Madeira.

“O que nós pedimos não é nada de extraordinário, não é nenhum favor. Não pedimos financiamento da República, pedimos, apenas, uma autorização para nos financiarmos com recursos próprios para um fundo de emergência que é necessário para acorrer às situações de saúde pública, de apoio às empresas e de apoio social. Em segundo lugar, aquilo que também solicitamos e que também não é nada de extraordinário, porque o próprio governo nacional já autorizou para as empresas e bancos, era uma moratória nos pagamentos até 2021”, explica.

Albuquerque critica a posição do Partido Socialista e “designadamente aqueles são apenas moços de recados do Governo nacional e fizeram umas figuras tristes nesta obsessão partidária”. Uma referência a Paulo Cafôfo que anunciou, esta semana, que os limites de endividamento seriam levantados no orçamento suplementar que será discutido na Assembleia da República.

“Nem sequer estamos a falar de apoio do Estado. Neste momento, não há qualquer favor. A Madeira vai fazer esta operação de financiamento, de 300 milhões de euros, com recursos próprios e sem aval do Estado proque temos credibilidade pela consolidação das contas públicas. O aval do Estado era importante, para baixar a taxa de juro, mas neste momento nem quero saber”, afirma.

As medidas que serão anunciadas já na próxima terça-feira incluem a cobertura do diferencial do lay-off para que os trabalhadores recebam a totalidade do vencimento, uma medida que custará cerca de 8 milhões de euros por mês e a manutenção do complemento para os trabalhadores a recido verde, até ao final do ano, o que representará mais 1,2 milhões de euros.

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