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Gonçalo Amaral diz que alemão é “bode expiatório” no caso de Maddie McCann

O antigo inspector da PJ de Portimão não acredita na tese das autoridades alemãs e diz que “vão aparecendo pedófilos e é necessário um perfil que encaixe com as culpas”.

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Gonçalo Amaral, antigo inspector da Polícia Judiciária de Portimão que liderou as investigações iniciais do desaparecimento de Madeleine McCann, falou este domingo, 21 de Junho, pela primeira vez, sobre o alemão acusado de ter raptado a menina inglesa da Praia da Luz, no Algarve.

Entrevistado no ‘Jornal das 8’, da TVI, Gonçalo Amaral deixou claro que o alemão apontado como suspeito do caso é “um bode expiatório”, pois era preciso uma figura que encaixasse no perfil para “levar com as culpas”.

Segundo a edição online da TVI, o antigo inspector diz mesmo que Christian Brueckner é o suspeito “quase perfeito” e acusa as autoridades alemãs de terem manipulado as fotografias da van ligada ao suspeito, referindo que nas fotos agora apresentadas, o veículo está com uma “personalização diferente”.

Recorde-se que o ex-inspector lançou um livro sobre o caso, chamado ‘A Verdade da Mentira’ e voltou a reiterar que “houve muitas mentiras” que “levaram a PJ a perder muito tempo” e a encaminhar-se por um determinado caminho.

“Ao longo dos anos, os jornais britânicos tão interessados no caso, nunca foram tentar entrevistar as outras pessoas, só aquele casal”, notou, salientando que há um dado novo: “as autoridades alemãs parecem querer examinar todos os vestígios biológicos”.

Nesta matéria, o inspector lembrou que “hoje há novas técnicas” de análise e “pode ser possível chegar a outras conclusões”.

No início do mês, Christian Brueckner foi identificado como o suspeito de ter sequestrado e assassinado Madeleine McCann. O homem, de 43 anos, está detido na Alemanha a cumprir uma pena de sete anos de prisão por violação de uma norte-americana em Portugal.

Madeleine McCann desapareceu a 3 de Maio de 2007, poucos dias antes de fazer quatro anos, do quarto onde dormia com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico na Praia da Luz e o seu desaparecimento tornou-se um caso mediático à escala global.

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