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Para um tempo de “vacas gordas”

O ministro das finanças Mário Centeno (MC) que ocupou o cargo durante a última legislatura e nos 1ºs. meses da atual, pediu a demissão e deu conta da sua ambição para ser governador do Banco de Portugal (BP). É um lugar cobiçado não só pelo prestígio como pela respetiva remuneração mensal que ronda os 17 mil euros fora os extras. Será certamente uma boa maneira de António Costa agradecer a prestimosa colaboração de alguém que mais do que um ministro das finanças técnico foi um ministro das finanças eminentemente político que durante toda uma legislatura urdiu orçamentos de estado para satisfazer os objetivos políticos imediatistas e populistas de um governo que mesmo perante o excelente crescimento da economia nacional não foi além da devolução parcial dos rendimentos pessoais perdidos durante a última crise que levou o País à beira da bancarrota. Durante essa crise fruto da irresponsabilidade do governo PS de Sócrates que destruiu a nossa economia e obrigou os portugueses a imensos sacrifícios não se ouviu falar do “Ronaldo” das finanças. As suas “fintas” só apareceram após o País ter sido resgatado da bancarrota com pleno êxito pelo governo PSD-CDS, conseguindo recuperar a plena autonomia de gestão da coisa pública e regressar ao mercado da dívida pública. Ao tomar conta da pasta das finanças a ação de MC além de aproveitar todo o imenso trabalho já feito, foi acima de tudo dar cobertura política a um governo que fez das promessas de investimento público inscritas nos sucessivos OE e sempre adiadas um instrumento de propaganda para dar aos portugueses a ilusão de que a austeridade, ainda que minorada, tinha acabado e não continuava a impor a sua lei. E foi assim que a Saúde, a Ferrovia, a Floresta e outros setores dependentes do investimento do Estado continuaram a ser preteridos. Um ministro das finanças só para um tempo de “vacas gordas” e nunca para enfrentar uma crise. Governador do BP? Merece tanto como os que já lá estiveram!

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