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Convocados novos protestos pró-democracia e contra o Governo do Brasil

Foto EPA
Foto EPA

Um grupo da sociedade civil brasileira convocou um novo protesto em defesa da democracia e contra o Governo do Presidente, para o próximo domingo, depois de uma manifestação marcada por confrontos entre críticos e apoiantes de Jair Bolsonaro.

A convocação, anunciada hoje pelo grupo Mais Democracia, surge no dia a seguir a um protesto, em São Paulo, contra o Governo brasileiro, realizado por adeptos de equipas de futebol do país, nomeadamente do maior grupo organizado do Corinthians, a Gaviões da Fiel, que juntou apoiantes do Palmeiras, Santos e São Paulo.

O protesto acabou em confusão, após confrontos entre os adeptos das equipas de futebol e apoiantes de Bolsonaro, que também convocaram uma manifestação no mesmo local, a favor do governante.

O ato convocado pelo próximo domingo já regista interesse de mais de 22 mil pessoas na rede social Facebook e deverá acontecer na Avenida Paulista.

“No próximo domingo vamos à Avenida Paulista pela democracia. Todos de máscara e garantindo o distanciamento para não propagar o vírus. Pela vida e contra o fascismo. Aqui está o povo sem medo de lutar!”, diz a convocação do grupo Mais Democracia, naquela rede social.

O grupo também afirmou querer sair à rua em defesa da democracia para “não deixar o fascismo crescer no Brasil”.

Além dos adeptos das equipas de futebol e dos movimentos sociais, grupos e pessoas têm usado marcadores (’hashtags’) para se identificarem como antifascistas.

Hoje de manhã brasileiros usaram as redes sociais para incluir bandeiras antifascistas nos seus perfis, assim como profissionais como advogados, médicos e professores, que se autodeclaram “antifascistas” e acusam o Governo brasileiro de adotar medidas semelhantes às defendidas pelos fascistas no passado.

Atos políticos têm dividido o Brasil, principalmente aqueles que são organizados a favor do Presidente, contra membros dos outros poderes e contra medidas de isolamento social decretadas por autoridades locais em estados e cidades do país.

No último domingo além dos atos em São Paulo que demonstraram esta divisão, Bolsonaro deslocou-se a um protesto em Brasília, organizado por apoiantes, que carregavam bandeiras e faixas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e contra líderes políticos e do Congresso.

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