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Equador retoma voos internos de passageiros e reduz recolher obrigatório

Foto EPA
Foto EPA

O Equador, duramente afetado pela pandemia, retomou hoje os voos internos de passageiros, restabelecerá os internacionais até ao fim da semana e reduziu o horário do recolher obrigatório para 11 horas diárias.

“Começamos hoje por dar início aos voos comerciais internos”, disse à imprensa Luis Galarraga, porta-voz do aeroporto de Tababela, que serve Quito, após a descolagem de um avião com destino a Loja (sul, já próximo da fronteira com o Peru).

Para travar a propagação da covid-19, o governo equatoriano impôs em março o regime de exceção, que, após sucessivos prolongamentos, terminará em meados deste mês.

Na mesma altura, encerrou as fronteiras, suspendeu todas as ligações aéreas, exceto os voos humanitários e de carga, impôs um recolher obrigatório diário de 15 horas e tornou obrigatório o teletrabalho e o ensino à distância.

Segundo Galarraga, os voos internacionais serão restabelecidos quinta-feira no aeroporto Marciscal Sucre, em Quito, com a chegada de aviões provenientes das cidades norte-americanas de Miami e Houston.

Em Guayaquil (sudoeste), onde a pandemia semeou o caos em abril passado, o aeroporto José Joaquin de Olmedo retomará as operações internacionais na próxima quarta-feira, enquanto as ligações regionais serão retomadas apenas a 15 deste mês, indicou a porta-voz da infraestrutura aeroportuária, Daniela Arosemena.

Mas os voos provenientes de países fortemente afetados pelo novo coronavírus, como do Brasil, continuarão interditos por mais duas semanas, acrescentou.

Todos os passageiros que chegarem do estrangeiro terão de apresentar um resultado negativo ao teste de covid-19, bem como observar um isolamento obrigatório de 14 dias.

O Equador registou mais de 39.000 casos de covid-19, de que resultaram 3.358 óbitos (19 por 100 mil habitantes), numa população estimada em 17,5 milhões de habitantes.

O ministro da Saúde equatoriano, Juan Carlos Zevallos, advertiu hoje que, apesar do abrandamento das medidas de restrição, “tal não significa que se podem baixar os braços” durante a nova fase da pandemia, considerando “previsível” a existência de novos focos de contaminação no país.

O Governo equatoriano decidiu também reduzir de 15 para 11 as horas diárias do recolher obrigatório e autorizou também o aumento de uma para duas vezes por semana a circulação de veículos particulares, mas mantém a suspensão dos transportes públicos.

O Governo de Quito admitiu que, desde março, a pandemia do novo coronavírus custou ao setor produtivo do país, maioritariamente petrolífero, mais de 12.000 milhões de dólares (10.800 milhões de euros).

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 372 mil mortos e infetou mais de 6,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,5 milhões de doentes foram considerados curados.

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