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Brasil regista recorde diário de 751 mortes e totaliza 9.897 óbitos

O Brasil ultrapassou hoje a barreira dos 700 óbitos diários associados ao novo coronavírus, tendo registado nas últimas 24 horas o recorde de 751 mortes, num total de 9.897 vítimas mortais desde o início da pandemia.

Os números foram divulgados hoje pelo Ministério da Saúde, que anunciou ainda existirem 10.222 novos infetados nas últimas 24 horas, totalizando 145.328 pessoas diagnosticadas com covid-19.

De acordo com o Ministério da Saúde, 260 destes 751 óbitos ocorreram nos últimos três dias, mas foram contabilizados nesta sexta-feira, estando ainda a ser investigada a eventual relação de 1.852 mortes com o novo coronavírus.

O executivo brasileiro deu ainda conta da recuperação de 59.297 doentes, sendo que 76.134 mantêm-se sob acompanhamento.

O aumento no número de mortes no Brasil foi de 8,2%, passando de 9.146 na quinta-feira, para 9.897 hoje. Já em relação ao número de infetados, o crescimento foi de 7,5%, passando 135.106 para 145.328 casos confirmados.

Segundo a tutela da Saúde, a taxa de letalidade da doença no país mantém-se nos 6,8%.

Em todo o território brasileiro, são já 24 das 27 unidades federativas do país a terem mais de mil casos da doença. Na quarta-feira, eram 19.

São Paulo, o estado mais rico e populoso do país, continua a ser a unidade federativa que concentra o maior número de casos, contabilizando oficialmente 3.416 mortos e 41.830 infetados.

Seguem-se Rio de Janeiro, com 1.503 óbitos e 15.741 infetados, Ceará, com 966 mortes e 14.956 infetados, Pernambuco, com 927 vítimas mortais e 11.587 casos, e Amazonas, que totaliza 874 óbitos e 10.727 pessoas diagnosticadas com covid-19.

No lado oposto estão os estados do Mato Grosso do Sul, com 11 óbitos e 326 casos confirmados, e Mato Grosso, com 14 mortos e 457 infetados.

Numa conferência de imprensa na tarde de sexta-feira, o ministro do Turismo brasileiro, Marcelo Álvaro Antônio, anunciou um programa que vai destinar cinco mil milhões de reais (cerca de 800 milhões de euros) em crédito para várias áreas do setor, como agências de turismo, parques temáticos e centros de convenções.

Micro, pequenas e médias empresas terão acesso a 80% da linha de crédito (quatro mil milhões de reais, ou seja, cerca de 640 milhões de euros), enquanto que as grandes empresas poderão ficar com os mil milhões de reais (159 milhões euros) restantes.

O ministro afirmou ainda que o seu ministério já está a planear a retoma do turismo no país, acrescentando que será disponibilizado um selo para estabelecimentos que cumpram as exigências de higiene necessárias para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.

“Esse selo visa contemplar ou credenciar alguns segmentos do turismo para que os turistas possam entender que naquela localidade existe uma responsabilidade de higiene e prevenção em relação à covid-19”, disse Marcelo Álvaro Antônio.

Um novo relatório com foco específico no Brasil, feito pelo Imperial College de Londres, uma das universidades mais conceituadas do mundo, recomenda ações mais duras para conter a expansão do novo coronavírus.

“Mesmo que a epidemia brasileira ainda seja relativamente nascente em escala nacional, os nossos resultados sugerem que mais ação será necessária para limitar a sua expansão e evitar a sobrecarga do sistema de saúde”, afirmaram os investigadores, no documento, a que o portal de notícias G1 teve acesso.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 271 mil mortos e infetou quase 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.

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