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Maioria dos doentes com Esclerose Múltipla sentiu impacto da Covid-19

Sábado, 30 de Maio, assinala-se o Dia Mundial da Esclerose Múltipla com um concerto virtual solidário a cargo de Carolina Deslandes

A maioria dos doentes portugueses com Esclerose Múltipla (EM) sentiu o impacto da Covid-19 nas suas vidas, sobretudo no que diz respeito à gestão da doença. De acordo com os dados de um estudo nacional feito junto dos doentes de três associações - Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM), Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) e Associação Todos com a Esclerose Múltipla (TEM) - a maioria dos doentes, cerca de 55,7%, teve as suas consultas alteradas na sequência da pandemia, com 21,9% a salientarem um acesso mais difícil à medicação, essencial para gerir a doença.

A iniciativa da Merck realizada no âmbito do Dia Mundial da Esclerose Múltipla, a 30 de Maio, procurou identificar as necessidades sentidas pelos doentes e confirmou que, dois em cada dez doentes (17,8%) sentiu a progressão da doença durante a pandemia Covid-19 e seis em cada dez (59,3%) adoptou medidas de prevenção adicionais que, no entanto, não foram suficientes para impedir o receio: 38,2% dos inquiridos confirmam um sentimento de insegurança em relação ao seu tratamento nestes tempos de pandemia, com quase metade (45,7%) a temer a perda de ainda mais capacidades motoras e físicas em contexto COVID-19.

Questionados sobre a principal necessidade, enquanto doentes com EM, neste contexto, os inquiridos revelaram que o acesso a medicamentos, ou a falta deste, é a sua principal preocupação (23,9%), seguido do apoio psicológico (22,2%) e de um apoio financeiro (18,8%).

“Já sabíamos que a Covid-19 tinha tido impacto na vida dos doentes, mas este estudo ajudou a quantificar esse impacto e revelou as dificuldades sentidas por quem vive com esclerose múltipla em Portugal”, afirma Lurdes Silva, Coordenadora da ANEM.

Para Isabel Jourdan, Presidente da TEM, o retrato das dificuldades encontradas pelos doentes nestes tempos de pandemia permite “identificar quais as ajudas que precisam de ser reforçadas” e “perceber quais as maiores necessidades enfrentadas pelos doentes”.

“Como se pode verificar nos dados do inquérito, muito perto de 80% dos doentes não consideraram ter sido mais difícil o acesso à medicação nesse período, algo que a SPEM antecipava, tendo por esse motivo, realçado desde a primeira hora, a importância de garantir a continuidade do tratamento às Pessoas com EM”, refere Paulo Gonçalves, Vice Presidente da SPEM.

Esclerose Múltipla em Portugal

Estima-se que, em Portugal, cerca de oito mil pessoas vivam com EM, uma doença inflamatória crónica e degenerativa e uma das mais comuns do Sistema Nervoso Central, sendo a principal causa de incapacidade neurológica nos adultos jovens.

Consciencializar para a doença e ajudar quem com ela vive é o grande objectivo de um Concerto Solidário, marcado para o dia 30, às 21h00 que contará com a actuação de Carolina Deslandes em https://concertoemalertalaranja2020.pt/.

O evento contará com apresentação de Joana Cruz e, para além de entreter, possibilitará ajudar os doentes na difícil gestão da EM. Por cada visualização única do concerto, a Merck irá doar 1€ à ANEM, SPEM e TEM.

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