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Alta para último doente em Macau, novamente sem casos

Foto EPA/CARMO CORREIA
Foto EPA/CARMO CORREIA

O último doente da covid-19 em Macau recebeu hoje alta, o que reduziu o risco no território, mas é preciso estar atento à situação epidemiológica em todo o mundo, afirmou o diretor dos Serviços de Saúde locais.

“O último doente teve alta hospitalar, o que deixa Macau novamente com um registo zero. Estamos há 41 dias sem novos casos, o risco é muito baixo, mas é preciso ter em conta a situação em todo o mundo, ainda de risco elevado”, disse Lei Chin Ion, na conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

Macau registou, numa primeira fase, dez infetados, e após 45 dias sem novos casos, identificou mais 35 doentes. Todos os 45 casos diagnosticados foram importados e as autoridades indicaram não ter existido contágio na comunidade.

“Não podemos baixar a guarda, precisamos de ter cuidado e acompanhar de perto a situação da epidemia em todo o mundo, para garantir a segurança da população de Macau e recuperar a normalidade”, sublinhou.

Por isso, Macau vai manter as medidas de prevenção em vigor e para quem entre no território, oriundo de zonas de risco mais baixo, é obrigatória a apresentação do código de saúde e do resultado do teste de ácido nucleico, disse.

Já para entrar a partir de zonas de risco mais alto é necessária uma quarentena de 14 dias e, antes de iniciar viagem, a apresentação do resultado do teste à covid-19, acrescentou.

Macau só autoriza a entrada de residentes, visitantes da China, incluindo Hong Kong e Taiwan, e de trabalhadores não residentes chineses.

Sobre a possibilidade de abertura das fronteiras com a cidade chinesa de Zhuhai, adjacente a Macau, e com a região administrativa especial vizinha de Hong Kong, Lei Chin Ion indicou “não ser possível avançar uma data, por se estar ainda na fase de comunicação” com os dois governos.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 316.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de 2,1 milhões contra 1,9 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (cerca de 125 mil contra mais de 167 mil).

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

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