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Grécia espera deportar 11 mil migrantes após reabertura de fronteiras

Foto EPA/KOSTAS TSIRONIS
Foto EPA/KOSTAS TSIRONIS

A Grécia conta poder deportar em breve 11.000 migrantes, cujos pedidos de asilo foram rejeitados nos últimos dois meses, para a Turquia ou os países de origem, uma vez reabertas as fronteiras, encerradas devido à pandemia de covid-19.

O ministro da Migração grego, Notis Mitarakis, disse hoje em entrevista à estação de rádio privada Skai que o ritmo de verificação dos pedidos de asilo quadruplicou em abril.

“De 4.000 decisões por mês, passamos para 7.000 em março e para 16.000 em abril, e continuamos no mesmo ritmo em maio”, disse Mitarakis.

O ministro destacou que em março e abril - meses sob as restrições resultantes da covid-19 - 11.000 pedidos de asilo (48,2% do total) foram rejeitados e que essas pessoas devem ser deportadas.

Mitarakis enfatizou que, de acordo com a nova lei de asilo, aprovada na semana passada, os candidatos cujas reivindicações foram rejeitadas podem ser detidos até serem devolvidos à Turquia.

Antes de interromper as devoluções à Turquia no final de fevereiro devido à pandemia do novo coronavírus, a Grécia deportou 116 pessoas nos primeiros dois meses. Em 2019 apenas 195 pessoas foram enviadas à Turquia.

O Governo conservador de Kyriakos Mitsotakis reforçou a Lei de Asilo e restringiu severamente o direito à proteção internacional, recebendo críticas de dezenas de organizações humanitárias -- entre as quais a Amnistia Internacional, Médicos Sem Fronteiras e Direitos Humanos 360.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios, segundo um balanço da agência de notícias AFP,

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

Menos afetada do que os seus parceiros europeus, a Grécia regista 152 mortes por covid-19 e 2.744 casos de infeção em todo o país.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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