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Governo vai adquirir um automóvel em cada uma das quatro indústrias instaladas em Portugal

O primeiro-ministro afirmou hoje que a Presidência do Conselho de Ministros irá em breve adquirir um automóvel em cada uma das quatro unidades que produzem de raiz veículos em Portugal, dando um sinal de confiança nesta indústria.

António Costa anunciou esta compra simbólica por parte do seu Governo no final de uma visita de hora e meia à Autoeuropa, em que esteve o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e que se destinou a acompanhar a forma como esta fábrica está a retomar a produção no atual quadro de pandemia de covid-19.

“Retribuindo o sinal de confiança que a indústria automóvel demonstrou no país, também gostaríamos de dar um sinal de confiança naquilo que é o futuro da indústria automóvel em Portugal. Por isso, nas próximas semanas, a Presidência do Conselho de Ministros irá proceder à aquisição de uma viatura em cada uma das quatro unidades industriais que em Portugal produzem de raiz automóveis”, declarou António Costa.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro destacou a importância da fileira automóvel para a economia nacional, dizendo que, entre fornecedores e produtores, representa “uma parte importante do Produto Interno Bruto (PIB) nacional”.

“Este é talvez dos ramos industriais em que se torna mais evidente a dependência das cadeias de valor e de fornecimento, mas também a necessidade de haver uma retoma da economia à escala global”, defendeu.

Neste contexto, António Costa considerou que a Europa tem de fazer “duas importantes reflexões” a curto prazo.

Em primeiro lugar, para enfrentar com segurança os desafios que se colocam globalmente, se quiser assumir-se como centro económico e industrial, a Europa “terá de encurtar as suas cadeias de valor, não dependendo tanto de fornecimentos que chegam de outros continentes, ou de locais no continente europeu com menor qualidade e segurança institucional”.

Ou seja, segundo o primeiro-ministro, a Europa deve “concentrar as cadeias de valor entre países onde a qualidade institucional é segura”.

A segunda reflexão a fazer pela Europa, na perspetiva do primeiro-ministro, deve passar pela ideia de “haver uma retoma em conjunto à escala europeia”.

“É fundamental que esta recuperação exista em todos os países, porque todos dependemos de todos. A resposta da União Europeia não pode ser à medida de cada país, tem de ser uma resposta idêntica para todos os países. Ou todos retomamos ao mesmo tempo ou, infelizmente, nenhum conseguirá retomar isoladamente”, sustentou.

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