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Portugal “estará preparado” para uma possível segunda vaga

Foto EPA
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O secretário de Estado a Saúde garantiu hoje que Portugal “estará preparado” para uma possível segunda vaga da doença covid-19, mas alertou que isso “também depende da consciência social e da consciência cívica de cada um”.

“Não temos valores probabilísticos, mas sempre o dissemos e reiteramos que essa será sempre uma possibilidade e, portanto, temos de ter uma almofada de preparação para essa situação. Estaremos preparados. Temos planos de preparação para o caso disso acontecer, mas isso também depende da consciência social e da consciência cívica de cada um de nós”, disse António Lacerda Sales.

O governante, que respondia a perguntas dos jornalistas na conferência de imprensa diária de ponto de situação sobre a pandemia covid-19 em Portugal, apelou para o comportamento responsável dos portugueses, mas também parafraseou o primeiro ministro, António Costa, para dizer que “se for necessário dar um passo atrás, será dado”, no que se refere a medidas de contingência e confinamento.

“Se mantivermos o que temos tido, essa consciência cívica e social, Portugal poderá evoluir para a retoma à nova vida normal ou novo normal (...). [O passo atrás pode ser] eventualmente retomar algumas das medidas que já tivemos com a devida proporcionalidade à possibilidade de segunda vaga. Se houver uma segunda vaga também ela irá ser dinâmica”, disse António Lacerda Sales.

À diretora-geral da Saúde foi pedido que comentasse o facto de muitos pais de crianças estarem a pedir aos contactos de saúde próximos para administrarem a vacina da BCG nas crianças.

“De facto têm surgido estudos e informações que indicam -- mas indicam com um grau de robustez muito ténue -- que a vacina BCG pode ter alguma influência em relação à doença covid-19. Não havendo robustez nessa informação, não temos nenhum motivo para alterar as recomendações do programa nacional de vacinação”, afirmou Graça Freitas.

Portugal contabiliza 1.163 mortos associados à covid-19 em 27.913 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 19 mortos (+1,7%) e mais 234 casos de infeção (+0,8%).

Das pessoas infetadas, 709 estão hospitalizadas, das quais 113 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados é de 3.013.

Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

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