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Petição em França favorável à hidroxicloroquina ultrapassa 200.000 assinaturas

Foto Google
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Uma petição lançada em França para facilitar a prescrição da hidroxicloroquina, um tratamento que tem suscitado vivos debates sobre a sua utilização contra o coronavírus, já tinha recolhido na noite de ontem mais de 200.000 assinaturas.

Em paralelo, um trio de reconhecidos médicos manifestou apoio ao seu colega Didier Raoult, um médico francês que publicou estudos controversos que, na sua perspetiva, demonstram a eficácia deste tratamento contra o novo coronavírus, que provoca a doença covid-19.

A petição, desencadeada na sexta-feira pelo ex-ministro francês da Saúde, Philippe Douste-Blazy, e designada “#NePerdonsPlusDeTemps” (Não percamos mais tempo), destina-se a alargar os tratamentos com hidroxicloroquina aos doentes com covid-19, autorizando a sua prescrição sem esperar que se encontrem num estado agravado da doença, como sucede atualmente em França.

Em artigo hoje publicado na página digital do diário Le Figaro, três eminentes médicos recomendam a aplicação do tratamento elaborado por Didier Raoult, que propõe a utilização de hidroxicloroquina, medicamento usado no tratamento da malária e da artrite reumatoide por exemplo, quando surgirem os primeiros sintomas de coronavírus.

O texto é assinado pelo antigo diretor científico do Instituto nacional do cancro, Fabien Calvo, pelo antigo presidente da Alta autoridade de saúde, Jean-Luc Harousseau, e o antigo diretor-geral da Agência nacional de segurança do medicamento e produtos de saúde, Dominique Maraninchi.

“Nesta base, a estratégia seria antes de propor um tratamento precoce antes do surgimento de complicações respiratórias severas”, argumentam.

Apesar de diversos médicos e dirigentes apelarem para a ampla utilização deste medicamento, que o Presidente dos EUA Donald Trump definiu como “uma dádiva do céu”, uma parte considerável da comunidade científica e organizações sanitárias apelam para que seja aguardada uma rigorosa aprovação científica, alertando contra os riscos para os doentes.

O ministro da Saúde francês, Olivier Véran, apelou no sábado para uma maior contenção, e sublinhou que nos próximos dias serão conhecidos os primeiros resultados intermédios de estudos clínicos destinados a determinar se a hidroxicloroquina, e ainda “outros medicamentos prometedores”, são eficazes quando administrados no início da doença.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 68 mil.

Dos casos de infeção, mais de 283 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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