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Alemanha vai dar 300 ME para ajuda humanitária e combate à crise

O Governo alemão vai dar 300 milhões de euros para ajuda humanitária a fim de combater a crise criada pela pandemia de coronavírus e em resposta ao “apelo sem precedentes” de organizações internacionais.

“Uma ajuda rápida agora vai salvar vidas ao conter a propagação do vírus e permitir que seja dada atenção médica a pessoas que não estão a receber assistência de mais lado nenhum”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, em comunicado.

“Para as organizações humanitárias o poderem fazer, precisam da nossa ajuda”, acrescentou.

Como sublinhou Heiko Maas, o coronavírus “não conhece fronteiras” e afeta, sobretudo, pessoas em risco porque vivem em zonas de guerra ou em campos de refugiados ou em Estados onde os sistemas de saúde foram completamente destruídos pela pandemia.

“É aí que a nossa solidariedade é necessária para aliviar o sofrimento”, disse o ministro, lembrando que mulheres, crianças e idosos precisam de atenção especial.

Heiko Maas ressaltou ainda que “somente juntos” é possível superar a pandemia, sob pena de haver novas ondas de contágio.

Para cumprir este objetivo, a Alemanha vai disponibilizar 40 milhões de euros para o Programa Alimentar Mundial, 35 milhões para o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, 50 milhões para Organizações Não Governamentais humanitárias e 50 milhões para a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho.

Além disso, destinará 30 milhões de euros para fundos humanitários nacionais, 20 milhões para a Organização Mundial da Saúde, 20 milhões para a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Médio Oriente e 20 milhões para a Organização Internacional para Migrações.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) receberá 20 milhões de euros e a unidade das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários terá cinco milhões.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 204 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (54.877) e mais casos de infeção confirmados (cerca de 965 mil).

Seguem-se Itália (26.644 mortos, mais de 197 mil casos), Espanha (23.190 mortos, mais de 207 mil casos), França (22.856 mortos, cerca de 162 mil casos) e Reino Unido (20.732 mortos, perto de 153 mil casos).

Por regiões, a Europa soma mais de 124 mil mortos (mais de 1,3 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá perto de 57 mil mortos (mais de um milhão de casos), Ásia quase 8.000 mortos (mais de 201 mil casos), América Latina e Caribe perto de 8.000 mortos (mais de 162 mil casos), Médio Oriente quase 6.300 mortos (mais de 155 mil casos), África mais de 1.400 mortos (mais de 31.500 casos) e Oceânia 108 mortos (mais de oito mil casos).

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