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Sociedade Portuguesa de Cardiologia apela ao uso de máscaras

A Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) defende o uso generalizado de máscaras pela população como forma de proteger os doentes de risco, onde se incluem os doentes cardiovasculares.

Para esta entidade, o uso generalizado das máscaras constitui uma “medida cívica” que protege todos, sobretudo os doentes de risco, além de que pode permitir o reinício da convivência social e da actividade económica de forma mais segura e solidária.

“É verdade que a máscara protege pouco quem a usa e, sobretudo se for mal utilizada, pode dar uma falsa sensação de segurança. Mas também é verdade que se pode ser portador e disseminar o vírus sem se sentir doente e que, por conseguinte, o uso de máscara protege os outros. A nossa principal proteção é a máscara do outro”, reforça o presidente da SPC, Victor Gil.

É por esta lógica de protecção individual e, de forma mais pertinente, de prevenção de transmissão aos grupos mais vulneráveis, que se justifica o uso universal de máscaras em locais públicos fechados ou em que não se possa garantir o isolamento social desejável, de acordo com o risco da actividade praticada.

Os Centers for Disease Control dos Estados Unidos, inicialmente reticentes, passaram a recomendar, a partir de 4 de Abril, o uso de máscaras comunitárias pela população geral. A recomendação do uso de máscara pode não ser sustentada por robusta evidência produzida por ensaios clínicos, mas é justificada pelo “princípio da precaução”.

A Sociedade Portuguesa de Cardiologia defende ainda que o ideal será o “uso de máscaras cirúrgicas” no contexto social apesar de admitirem que não existem máscaras cirúrgicas para todos.

“Recomendamos que as máscaras de tecido de algodão, designadas como máscaras comunitárias, são boas opções para quem tem baixo risco. Mas defendemos que as máscaras cirúrgicas devem ser utilizadas pelos grupos de risco (idosos e pessoas com doenças debilitantes, como as cardiovasculares), prestadores de cuidados a pessoas institucionalizadas e profissionais de saúde.”, adverte o presidente da SPC.

Ato de Civismo

O uso da máscara deve ser um reflexo de cidadania de cada pessoa que pode ser portadora do vírus sem saber e que assim protege as pessoas à sua volta, num exercício solidário de cidadania.

As medidas de contenção de contágio preconizadas, como o distanciamento social e a lavagem frequente das mãos, pretendem evitar a inalação destas gotículas e prevenir a transmissão de COVID-19.

Complementar a estas medidas é o uso de máscaras faciais, cuja utilização na comunidade tem sido largamente debatida e alvo de recomendações divergentes pelas diferentes entidades de saúde.

O uso de máscara é um exercício solidário de cidadania. Por isso, “se sair de casa, use máscara, pela sua e pela nossa saúde”, apela a Sociedade Portuguesa de Cardiologia.

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