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Madeira

Incêndio danificou restaurante de madeirenses em Caracas

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Um incêndio danificou hoje parte de um conhecido restaurante de madeirenses, La Casa del Llano, em Las Mercedes, 10 dias depois de um outro num estabelecimento do género, também de portugueses, na mesma localidade do leste de Caracas.

“Somos originários da Ribeira Brava. O proprietário está neste momento na Madeira e ainda não contactámos com ele e não temos informação precisa sobre o incêndio, sobre os danos ocasionados”, explicou um familiar à agência Lusa.

Segundo fonte dos bombeiros locais, pouco depois das 07:00 (12:00 horas em Lisboa) transeuntes alertaram as autoridades que estava a sair fumo da parte de trás das instalações do restaurante, onde funciona também um centro hípico (lugar destinado às apostas sobre os resultados das carreiras de cavalos).

O restaurante, que funcionava 24 horas por dia e era uma referência em gastronomia venezuelana, estava encerrado devido à quarentena preventiva do novo coronavírus e o incêndio, cuja origem ainda está por determinar, terá afetado parte da área de cozinha.

Este é o segundo incêndio de um restaurante de madeirenses que ocorre em 10 dias, em Las Mercedes, Caracas.

Em 11 de abril, um incêndio destruiu as instalações do Amazónia Grill, um restaurante fundado em 2001 por seis empresários madeirenses, que era tido como referência em gastronomia venezuelana e internacional.

Segundo as autoridades locais, o incêndio foi detetado pelas 04:00 (09:00 em Lisboa), causando danos materiais em mais de 85% da sua infraestrutura, que deverá agora ser demolida e erguida de novo.

“Não temos a certeza de que o incêndio tenha sido provocado por um curto-circuito, parece ter sido provocado por criminosos que teriam entrado durante a noite para roubar. Muitas vezes eles acendem fósforos para ter luz e conseguir ver os artigos que procuram”, explicou um dos proprietários à Lusa.

Jorge Fernando dos Reis referiu que dois dos seis proprietários estão temporariamente na Madeira e não puderam regressar a Caracas devido à suspensão dos voos na sequência da pandemia de covid-19.

“Não nos imaginávamos que isto aconteceria, porque o negócio estava fechado, devido ao coronavírus. Todos os dias passávamos pelo menos uma vez para ver se tudo estava bem e [até sexta-feira] tudo estava normal”, disse.

Na Venezuela estão oficialmente confirmados 285 casos de pessoas infetadas e 10 mortes associadas ao novo coronavírus (SARS-CoV-2). Pelo menos 117 pacientes recuperaram da doença.

A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia. O estado de alerta foi decretado por 30 dias e prolongado por igual período.

Desde 16 de março que os venezuelanos estão em quarentena e impedidos de circular livremente entre os vários estados do país.

Os supermercados e as farmácias funcionam em horário reduzido, alguns restaurantes estão autorizados a vender apenas comida para levar.

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