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O atraso do novo hospital

Como consequência da atual crise humanitária que, direta e indiretamente nos está a afetar a todos através do temido vírus COVID-19, e seguindo o desenrolar do longo processo da monumental obra hospitalar estimada em “205,9 milhões de euros”, conforme divulgação deste matutino, atrevo-me a dizer o seguinte: O que se impõe agora, e mais do que nunca, para além da saúde das pessoas, é o apoio a famílias carenciadas e aos sem-abrigo. O que se impõe agora, é uma redução nas despesas correntes da população em geral que, pouco a pouco, e tal como a maioria das empresas, deixam de ter receita suficiente para acudir o seu orçamento familiar. Isto quer dizer que as pessoas passam a ter perda de rendimento e aumento da despesa, nomeadamente com a inflação de produtos sanitários e outros fora da órbita fiscalizadora da ARAE. Fico ainda à espera de ver que medidas - a uma só voz - pelos 11 municípios deste arquipélago serão anunciados aos seus munícipes! Desde logo a diminuição do pesado e absurdo imposto do IMI, e também da água potável que é afinal pertença inabanável de todos nós. O que se impõe agora, é uma série de medidas destinadas aos mais afetados financeiramente, e que estão por casa à espera de melhores dias, muitos deles com carências, nomeadamente de bens essenciais, para acudirem a fome e a miséria dentro das suas humildes e precárias habitações existentes um pouco por todo o arquipélago. Impõe-se ainda, sensibilidade suficiente por parte da EEM, para uma diminuição de valores no consumo forçado durante a quarentena dos Madeirenses na generalidade. E, impõe-se também por quem de direito, analisar conscientemente a atribuição de reformas de valores inferiores a €400 ou mesmo €500, ao que se pode considerar de discriminação social numa dita democracia. Voltando aos milhões para a construção da apetecível obra em atraso, é verdade que o Governo de António Costa assumiu, em jeito de promessa (!) 50% do custo total da mesma mas, que importância tem no imediato, esta construção megalómana? Para acudir as vítimas da pandemia não será com certeza. Dito isto, bem que se poderá imaginar este processo andar de atraso em atraso, até a desistência final. Fiquem bem, fiquem em casa.

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