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Novo recorde diário para o Brasil com 217 mortos e 3.257 novos casos

Foto EPA
Foto EPA

O Brasil atingiu hoje um recorde diário de 217 mortos e 3.257 novos casos de infecção pelo novo coronavírus, totalizando 2.141 óbitos e 33.682 infectados desde que a pandemia chegou ao país, informou o executivo.

Além do número recorde de mortos e infectados num único dia, o país sul-americano registou um aumento de 11,2% nas vítimas mortais, de 1.924 para 2.141, enquanto o número de infectados cresceu 10,7%, de 30.425 para 33.682 casos confirmados.

Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de letalidade da covid-19 subiu hoje para 6,4%.

São Paulo é o estado brasileiro com maior número de casos confirmados, concentrando 928 mortos e 12.841 casos de infecção, seguindo-se o Rio de Janeiro, que contabiliza 4.349 casos confirmados da covid-19 e 341 óbitos.

Ceará e Pernambuco são os outros dois estados brasileiros que também já ultrapassaram a barreira dos dois mil infectados pela covid-19.

Em relação às regiões do Brasil, o Sudeste, que engloba São Paulo e Rio de Janeiro, é a área mais afectada, com 19.067 casos confirmados, sendo que do lado oposto se encontra o Centro-Oeste, que totaliza 1.386 pessoas diagnosticadas.

O novo ministro da Saúde do Brasil, o oncologista Nelson Teich, assumiu hoje o cargo ministerial, substituindo o ortopedista Luiz Henrique Mandetta, que foi demitido na quinta-feira pelo Presidente do país, Jair Bolsonaro, devido a divergências na estratégia de enfrentar a pandemia de covid-19, mais concretamente na questão do isolamento social.

Enquanto Mandetta seguia orientações científicas e defendia firmemente a necessidade de isolamento social para impedir a propagação do vírus, Jair Bolsonaro, por outro lado, insiste que as pessoas devem voltar ao trabalho e que a economia deve ser reactivada porque “o Brasil não pode parar” por causa do que classificou como uma “gripezinha”.

Na cerimónia de posse, em Brasília, Teich destacou que o eixo da sua gestão será o povo, acrescentando que trabalhará em parceria com estados e municípios para conter a covid-19.

“[Vamos] acompanhar diariamente a evolução em cada estado e município, de como está a evoluir a covid-19 e outros problemas que possam estar relacionados à saúde. Trabalharemos com os estados, com os municípios, para que a gente consiga ter uma agilidade na solução de problemas que vão surgir”, afirmou o novo governante.

“O foco serão as pessoas. Não importa o que você faça, no final o que resta é o povo”, acrescentou Teich.

Na cerimónia de tomada de posse do ministro, Jair Bolsonaro voltou a defender a reabertura do comércio e das fronteiras e reconheceu que corre o “risco” de ser responsabilizado caso a propagação do novo coronavírus piore.

“Essa luta para que se comece a abrir o comércio é um risco que eu corro, porque se piora [a situação] tudo cai sobre mim. Agora, eu acho, e é algo que muita gente já sabe, [o comércio] tem que abrir”, defendeu o chefe de Estado.

Já o Ministério da Economia informou hoje que as medidas já anunciadas para o combate à crise provocada pelo coronavírus devem gerar um custo de 307 mil milhões de reais (54 mil milhões de euros), sendo que desse total, 285,4 mil milhões de reais (50 mil milhões de euros) sairão dos cofres públicos durante 2020.

Segundo a equipa do Tesouro Nacional brasileiro, até ao momento foram gastos 50 mil milhões de reais (8,7 mil milhões de euros) nas acções de combate à pandemia.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infectou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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