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O Hospital D. Nélio Mendonça e os seus “profissionais”...

Hoje, dia 7 de Março de 2020, dei entrada no Hospital Doutor Nélio Mendonça, no Funchal, com uma (suposta) reação alérgica a um antibiótico, que me deixou com a minha cabeça, tronco e membros (superiores) cheio de manchas vermelhas. Nunca me tinha acontecido algo igual e foi por isso que eu fui logo a correr para o hospital. O que aconteceu desde o primeiro minuto em que dei entrada no hospital até o minuto em que saí, foi mais ou menos isto: 5h15 – Dei entrada no serviço de urgências do Hospital Doutor Nélio Mendonça, no Funchal, com uma (suposta) alergia a um antibiótico (Amoxicilina). [Só para que coste: Eu nunca tinha feito qualquer reação alérgica a este ou a qualquer outro medicamento, mas desta vez o meu tronco ficou com mais pintas vermelhas do que quando eu tive varicela.] 5h45 – Uma médica fez atendimento durante 15 minutos a duas ou três pessoas (que estavam na sala de espera e deixaram de estar) e logo depois desapareceu. Eu era o quarto e penúltimo doente que estava à espera de ser atendido, mas, quando me apercebi, ela já lá não estava. [Pelo que percebi através de uma chamada telefónica, ela tinha ido descansar e não queria ser incomodada. Se não acreditam, falem com o rapaz cujos resultados dos exames eram conhecidos às 2 horas da manhã, mas que só teve alta às 8 horas, já depois de a equipa ter sido trocada.] 7h30 – Fui atendido. Deram-me uma injeção para a reação alérgica que me fez apagar por completo – acho que faleci por instantes – e deixaram-me numa cama a fazer antibiótico para a infeção na garganta; 9h30 – A medicação intravenosa terminou. Informei várias enfermeiras que a medicação já tinha acabado, para que o médico me chamasse e observasse. Fiz isto vezes sem conta durante duas horas, sem qualquer sucesso. 11h30 – O médico chamou-me para me perguntar como é que eu me estava a sentir. Perguntou-me se eu queria fazer análises. Como eu era o doente e não o médico, disse-lhe que ele é que sabia. De seguida, pediu à enfermeira para proceder à recolha de sangue para fazerem análises. 11h45 – Pedi à enfermeira que alguém me trouxesse um pedaço de pão porque estava há mais de 13 horas sem comer. 12h15 – A enfermeira procedeu à recolha de sangue, deu-me Paracetamol (via intravenosa) e disse-me que os resultados vão demorar pelo menos duas horas... Entretanto, pediu a uma assistente operacional que me trouxesse pão. 13h00 – A assistente operacional entregou-me uma carcaça com manteiga. Minutos depois, a enfermeira trouxe-me um chá. 14h00 – O médico chamou-me à sala de tratamento. Disse-me que as análises acusaram uma infeção, que muito provavelmente será a infeção da garganta. Receitou-me outro antibiótico para a garganta e para os olhos. Quanto à reação alérgica, não me deu certezas de que eu seja alérgico ao medicamento, mas que, a partir de agora, sempre que for ao médico, devo dizer que fiz reação à Amoxicilina. [Para quem não sabe, a Amoxicilina é uma penicilina... Porra!] 14h30 – Saí do hospital sem fazer qualquer reclamação por escrito, mas só porque o cansaço acumulado das noites perdidas e ter lá estado durante 8 horas sem comer deram cabo de mim. Só queria ir para casa comer e descansar. [Não reclamei, mas espero conseguir alcançar algo maior com este texto na Internet do que com uma simples reclamação por escrito num Livro de Reclamações que (quase) ninguém lê.]

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