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Igreja pede aos venezuelanos para ficarem em casa e aproveitarem tecnologias

Foto EPA/MIGUEL GUTIERREZ
Foto EPA/MIGUEL GUTIERREZ

A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) pediu aos católicos para que permaneçam em casa durante a Semana Santa e aproveitem os recursos tecnológicos para acompanhar as celebrações.

“Devido à situação de que estamos a padecer com a pandemia, não poderemos assistir a tantos momentos belos da nossa piedade popular. Por esse motivo, tentemos vivê-los na nossa casa, com a família. Sejamos criativos, aproveitemos os recursos tecnológicos dessa época para reviver estes momentos da nossa fé”, refere o comunicado divulgado em Caracas.

A CEV explica que é importante fortalecer “a célula fundamental da Igreja”, que é a família, e que a quarentena decretada pelo Governo venezuelano está em vigor até 13 de abril, coincidindo com a Semana Santa.

“Acatando as medidas sanitárias do executivo, para prevenir os contágios da covid-19 e em coerência com o apelo do Papa Francisco, a Igreja venezuelana convida a fazer uso das redes sociais e a fazer do lar a Igreja doméstica”, adianta, apelando aos católicos para celebrarem a sua fé “de maneira virtual”.

A liturgia da Paixão de Cristo, na oração universal, vai incluir um pedido especial pelos doentes infetados com o vírus da covid-19, pelos profissionais da saúde e pelos cientistas que trabalham para encontrar uma cura para a pandemia.

As procissões estão suspensas e os católicos na Venezuela não vão poder cumprir a tradição de visitar sete templos religiosos durante a Semana Santa.

Com 135 casos de infetados e três mortos confirmados, a Venezuela está desde 13 de março em “estado de alerta”, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.

O “estado de alerta” foi decretado por 30 dias, que podem ser prolongados por igual período.

Os voos nacionais e internacionais estão restringidos no país.

Desde 16 de março que os venezuelanos estão em quarentena e impedidos de circular livremente entre os 24 estados do país.

As clínicas e hospitais estão abertos, enquanto farmácias, supermercados, padarias e restaurantes estão a funcionar em horário reduzido, com estes últimos a vender apenas comida para fora.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 750 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 36 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 148.500 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

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