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Emirados Árabes Unidos anunciam suspensão total de voos de passageiros

Foto EPA
Foto EPA

Os Emirados Árabes Unidos anunciaram hoje a suspensão, a partir de quarta-feira e por duas semanas, de todos os voos de passageiros, incluindo em trânsito, devido à pandemia da covid-19.

As autoridades decidiram “suspender todas as chegadas e partidas de passageiros, bem como aqueles que estão em trânsito, nos Emirados Árabes Unidos”, no âmbito das medidas de prevenção para impedir a propagação da covid-19, noticiou a agência oficial WAM.

“Os voos de carga e de retirada sanitária não são abrangidos” por esta medida, que pode ser revista dentro de duas semanas, acrescentou.

Os Emirados Árabes Unidos, cujos aeroportos internacionais do Dubai e de Abu Dhabi são importantes centros distribuidores do tráfego aéreo mundial, registaram na sexta-feira as duas primeiras mortes causada pelo novo coronavírus e mais de 150 casos confirmados.

No domingo, a companhia aérea Emirates, com sede no Dubai, tinha anunciado a suspensão de todos os voos comerciais, que opera habitualmente em 159 destinos. Posteriormente, a transportadora recuou e afirmou que iria manter as ligações aéreas para 13 destinos, decisão que justificou com pedidos recebidos de governos e clientes para ajudar no repatriamento de viajantes.

Horas antes, o presidente e director executivo da Emirates tinha indicado que a companhia se encontrava numa situação em que não podia operar, “de forma viável, voos com passageiros até que os países voltem a abrir as fronteiras e a confiança nas viagens regresse”.

A Emirates transportou no ano passado cerca de 58 milhões de passageiros.

Para lutar contra a propagação do coronavírus, os Emirados reforçaram no sábado as medidas de prevenção ao anunciar “o encerramento de praias, parques, piscinas, cinemas e pavilhões desportivos”.

As autoridades proibiram, até nova ordem, o regresso ao país de estrangeiros com direito de residência.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.

Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Vários países adoptaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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