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Venezuela encerra Metropolitano de Caracas e sistema ferroviário

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A Venezuela vai encerrar o Metropolitano de Caracas e o sistema ferroviário entre a capital e Los Valles del Tuy (65 kms a sul) reforçando a quarenta que vigora desde segunda-feira para conter a pandemia de Covid-19.

O anúncio foi feito pelo ministro venezuelano de Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, que precisou a medida de quarentena social decretada pelo Executivo regista um cumprimento de 90%.

“Vamos propor ao Presidente (Nicolás) Maduro que ordene o encerramento do sistema Metropolitano de Caracas e do Ferrocarril, deixando em funcionamento os sistemas de transporte superficial”, disse à televisão estatal venezuelana.

Segundo Jorge Rodríguez, o sistema Metropolitano pode ser um veículo de transmissão do Covid-19.

“É muito importante que (as pessoas) não saiam à rua, a menos que seja estritamente necessário”, disse.

O ministro mostrou vários vídeos com estatísticas e projeção das curvas de contágio, segundo as medidas tomadas em distintos países, sublinhando que algumas nações tomaram medidas débeis para combater a pandemia.

“A quarentena social é a única maneira de previr esta pandemia e o crescimento da quantidade de casos”, sublinhou.

Entretanto, em Caracas, as autoridades instalaram um “módulo” de prevenção e controlo das pessoas que acedem ao Mercado de Coche (principal fonte de abastecimento de hortaliças e vegetais na capital).

Para aceder ao mercado é preciso passar por um posto de controlo onde é medida a temperatura das pessoas, que só podem aceder com máscaras.

Trata-se de uma medida que vai alargadas aos outros 12 mercados de Caracas.

Ainda em Caracas, em Parque Central (centro), as pessoas queixam-se que o principal supermercado local foi encerrado pelas autoridades, desconhecendo-se os motivos.

Com as ruas praticamente desertas, funcionários das forças de segurança estão a exigir o uso de máscaras aos passageiros para poderem apanhar os autocarros.

Alguns estabelecimentos comerciais, nomeadamente supermercados e farmácias, têm letreiros nas portas indicando que é proibido entrar sem máscaras.

O Presidente Nicolás Maduro ordenou, segunda-feira, que a partir de hoje todo o país esteja em “quarenta social coletiva” uma “medida drástica” que disse ser necessária para evitar a propagação do Covid-19.

“O vírus, importado, anda por aí tocando, infetando, adoecendo e multiplicando-se” justificou, precisando que na Venezuela há 18 mulheres e 15 homens infetados pela Covid-19.

Nicolás Maduro já tinha ordenado, no domingo, que a cidade de Caracas e outros seis dos 24 estados do país, ficasse em quarentena por tempo indeterminado.

A Venezuela está, desde sexta-feira, em “estado de alerta”, que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.

Constitucionalmente, os estados de alerta têm uma duração de 30 dias, prorrogáveis por igual período.

Foram suspensos os voos provenientes da Europa, Colômbia, Panamá e da República Dominicana, estando também restringidas as entradas de pessoas provenientes do Irão, do Japão e da Coreia do Sul.

Além das escolas, também os clubes culturais e recreativos de portugueses em Caracas estão fechados, sendo obrigatório usar máscaras de proteção no metropolitano e no sistema ferroviário.

O acesso às praias e parques está também interditado.

As autoridades estão a insistir no apelo às pessoas para não saírem de casa, principalmente as que tenham mais de 65 anos de idade.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

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