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Coronavírus País

Costa diz que foi preciso “escalar as medidas de restrição”

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O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que Ovar foi a primeira situação em que se verificou uma “transmissão comunitária” do novo coronavírus, obrigando a elevar para o nível de calamidade para “escalar as medidas de restrição”.

O município de Ovar, hoje declarado em situação de calamidade pública, passa na quarta-feira a controlar as entradas e saídas no concelho, assim como a circulação de pessoas que estejam na rua sem ser por “necessidade premente”.

Na conferência de imprensa que realizou em Lisboa após a reunião de um Conselho Europeu Extraordinário, que decorreu por videoconferência, António Costa foi questionado sobre a possibilidade de adotar esta medida noutros pontos do país, tendo explicado que serão adotadas “todas as restrições que sejam necessárias, mas nos limites do que é estritamente necessário”.

“Nós temos que procurar, nesta luta pela vida contra o vírus, preservar o máximo o funcionamento das nossas vidas”, justificou.

De acordo com o chefe do executivo, Ovar foi a primeira situação na qual se passou “a um novo nível” uma vez que foi verificada “uma situação de transmissão comunitária, ou seja, que não houve uma cadeia de transmissão direta entre uma pessoa contaminada e outra pessoa”.

“A partir daí tivemos que escalar as medidas de restrição e para isso tivemos que elevar o nível de estado de alerta para o nível de calamidade”, justificou.

António Costa deixou claro que elevar o nível de alerta para o nível de calamidade “pode ser aplicado localmente” e permite “adotar todas as medidas que no estado de calamidade é possível adotar, designadamente o cerco sanitário, impedindo entradas e saídas de pessoas, controlo relativamente a entrada e saída de animais, de bens, de forma a garantir e a procurar conter esse foco infecioso”.

“A legislação atribui diferentes ferramentas que devem ser utilizadas conforme são necessárias”, reiterou.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180.000 pessoas, das quais mais de 7.000 morreram e 75.000 recuperaram.

O surto começou em dezembro na China, que regista a maioria dos casos, e espalhou-se entretanto por mais de 145 países e territórios. Na Europa há mais 67.000 infetados e pelo menos 2.684 mortos, a maioria dos quais em Itália, Espanha e França.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

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