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Estónia à Austrália o mundo acciona planos de acção contra pandemia

Foto Shutterstock
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Os planos de emergência em todo o mundo no combate à propagação do novo coronavírus incluem quarentenas e restabelecimento de fronteiras.

Na Estónia, as autoridades anunciaram hoje, em comunicado, a restrição temporária do atravessamento das fronteiras internas e externas do espaço Schengen e a reintrodução de controlos fronteiriços a partir de terça-feira, para conter a propagação do novo coronavírus.

“Para conter a propagação do coronavírus e proteger a saúde pública, o governo decidiu reintroduzir temporariamente os controlos em toda a fronteira”, declarou o primeiro-ministro, Juri Ratas, precisando que todos os residentes na Estónia e familiares poderão regressar ao país.

No entanto, não há restrições para sair do país, apesar de o executivo recomendar que se evitem as viagens para países que em algum momento possam ter implicado medidas de quarentena.

Ratas acrescentou que se garantirá o transporte necessário de bens e matérias primas “enquanto os transportadores não apresentarem sintomas de doença”.

O governante acrescentou que há provisão suficiente de alimentos no país, tanto nos supermercados, como nas reservas do Estado, e assegurou que não há preocupações com uma eventual escassez de comida e produtos de primeira necessidade, apelando para a razão, para não se comprar mais do que o necessário.

Precisou também que os carregamentos internacionais, em particular de medicamentos e material médico, poderão entrar no país, assim como as pessoas que desempenham serviços vitais, como o abastecimento de combustível.

Os estrangeiros poderão atravessar a Estónia se se dirigirem aos seus países e sempre e quando não apresentem sintomas de contágio pelo coronavírus.

A Áustria foi mais longe nas medidas de restrição da vida pública contra a propagação do vírus e decidiu encerrar restaurantes e equipamentos desportivos, proibindo também os voos para vários países.

O chanceler Sebastian Kurz anunciou novas medidas numa sessão parlamentar.

A agência de notícias da Áustria noticiou que o anúncio de impedimento de voos vigora para Inglaterra, Ucrânia e Rússia.

Os restaurantes terão agora de encerrar na totalidade, a partir de terça-feira. O plano anterior permitia que estivessem abertos até à 15 horas.

A Áustria confirmou 758 casos do novo coronavírus, incluindo uma morte.

Nos Estados Unidos, os passageiros que regressam ao país oriundos da Europa são recebidos com esperas de uma hora nos aeroportos para procedimentos médicos de controlo.

Enquanto os cidadãos norte-americanos e os portadores de cartão verde, relativo á autorização de residência, estão autorizados a regressar aos EUA, as novas restrições de viagem implicam que os viajantes sejam enviados para 13 aeroportos norte-americanos onde são sujeitos a controlo de saúde e ordens de quarentena.

O Presidente da Coreia do Sul declarou na parte sudoeste do país mais atingida pelo surto de coronavírus “zonas de desastre especiais”, uma designação que torna os residentes elegíveis para ajuda de emergência, benefícios fiscais e outros apoios financeiros do Estado.

O gabinete do Presidente Moon Jae-in anunciou hoje ter aprovado a proposta do primeiro-ministro para declarar a cidade de Daegu e algumas áreas no sudoeste da província de Gyeongsang como zonas de desastre.

É a primeira vez que a Coreia do Sul declara qualquer área como zona de desastre devido a uma doença infecciosa.

As declarações anteriores de zonas de desastre foram assumidas perante tufões, cheias e outros desastres.

A Coreia do Sul reportou, até ao momento, 8.162 casos, dos quais cerca de 88% na região sudoeste do país. Mais de 830 pessoas recuperaram.

O primeiro-ministro australiano, por seu lado, disse que todos os viajantes que cheguem ao país terão de ficar em isolamento por 14 dias para tentar despistar e conter a propagação do novo coronavírus.

As medidas entram em vigor à meia-noite de segunda-feira (hora na costa leste da Austrália).

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detectado em Dezembro, na China, e já matou pelo menos 5.796 pessoas em todo o mundo, de acordo com uma avaliação da AFP às 09 horas de hoje a partir de fontes oficiais.

Mais de 154.620 casos de infecção foram registados em 139 países e territórios desde o início da epidemia, que se tornou, entretanto, numa pandemia.

A Ásia totalizava até às 09 horas de hoje 91.707 casos (3.317 mortes), a Europa 44.747 casos (1.786 mortes), o Médio Oriente 14.011 casos (625 mortes), Estados Unidos e Canadá em conjunto 3.128 casos (52 mortes), a América Latina e Caribe 448 casos (seis mortes), Oceânia 303 casos (três mortes) e África 280 casos (sete mortes).

Esta avaliação foi realizada usando dados colectados pelos escritórios da AFP das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) actualizou no sábado o número de infectados e registou o maior aumento num dia (57), ao passar de 112 para 169 casos, dos quais 114 estão internados.

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