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Albânia e Macedónia do Norte declaram estado de emergência em algumas cidades

Foto Shutterstock
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As principais cidades da Albânia e duas na Macedónia do Norte declararam hoje o estado de emergência para impedir a propagação do novo coronavírus.

Na Albânia, as principais cidades estão em estado de emergência, após a decisão do Governo de proibir durante três dias a circulação de veículos e fechar todos os negócios, exceto os de alimentação e as farmácias.

A partir de hoje e até à meia-noite de domingo, nenhum meio de transporte público ou carro particular pode circular nas principais cidades do país: Tirana [capital], Durrës, Shkodër, Elbasan, Lushnje, Fier, Vlore y Lezha.

O primeiro-ministro, Edi Rama, mostrou-se satisfeito com o facto de os habitantes dessas cidades respeitarem a quarentena preventiva.

“Hoje, o número de infectados chegou aos 33 e devemos aceitar que irá aumentar. Não podemos pará-lo, mas podemos retardá-lo ficando em casa”, declarou Rama a partir da sua casa num vídeo publicado na rede social Facebook.

Na Macedónia do Norte, o Governo declarou hoje o estado de emergência em duas cidades devido ao aumento dos casos do novo coronavírus e isolou as pessoas em ambas as zonas.

“O estado de emergência afecta as populações de Debar e Centar Zhupa, que são o principal foco de infeção. Haverá uma proibição policial de entrar ou sair da região”, anunciou o ministro da Saúde, Venko Filipche, em conferência de imprensa.

O ministro indicou que os casos confirmados do novo coronavírus na Macedónia do Norte aumentaram para 13 desde o início do surto no mês passado, acrescentando que a primeira infestada no país já recuperou e deixará no sábado o hospital.

O Presidente do país, Stevo Pendarovski, convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional na segunda-feira para discutir a situação, acrescentando que não foi descartada uma possível declaração de emergência a nível nacional.

“O parlamento não está operacional devido às próximas eleições e, nessas circunstâncias, o Presidente poderia proclamar o estado de emergência numa crise”, disse Pendarovski.

O chefe de Estado salientou ainda que “não será o fim do mundo” se as eleições gerais programadas para 12 de abril tiverem que ser adiadas.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.000 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.

O número de infectados ultrapassou as 134 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.

A China registou nas últimas 24 horas oito novos casos de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em Janeiro.

Até à meia-noite de quinta-feira (16:00 horas de quarta-feira, em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu para 3.176, após terem sido contabilizadas mais sete vítimas fatais. No total, o país soma 80.813 infectados.

A Comissão Nacional de Saúde informou que até à data 64.111 pessoas receberam alta após terem superado a doença.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adoptado medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 15.000 infectados e pelo menos 1.016 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.

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