Sara Cerdas apelou ontem, no Parlamento Europeu, para a existência de “soluções pacíficas e diplomáticas na Venezuela”, no âmbito das próximas eleições venezuelanas previstas para Dezembro.

Perante um acto eleitoral que se realiza num contexto de crise pandémica, mas também num contexto social, político e económico de degradação, a eurodeputada diz ser importante que a União Europeia "tenha um papel activo e esteja na linha da frente na questão da Venezuela” e defendeu “soluções pacíficas e democráticas” naquele país.

Sara Cerdas deixou ainda um apelo ao Vice-Presidente da Comissão Europeia e Alto Representante para a Acção Externa, Josep Borrell, para que “continue os seus bons ofícios no sentido de garantir que a linha diplomática e o diálogo com todos os intervenientes se mantenha aberta”.

O debate teve como objectivo discutir a posição da União Europeia, antes das eleições legislativas na Venezuela, após a decisão de não enviar observadores. Surge após as conclusões de uma missão de funcionários do Serviço Europeu para a Acção Externa (SEAE) que esteve recentemente em Caracas, cujas conclusões indicam que “não existem actualmente condições para um processo eleitoral livre, justo e democrático”.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela anunciou no início de Setembro que 107 partidos políticos apresentaram 14.400 candidatos para as eleições legislativas previstas para 6 de Dezembro no país.