Madeira

As bombas-relógio

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Boa noite!

O secretário regional da Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, alertou e bem para os riscos acrescidos das competições desportivas para a propagação da Covid-19. Alega que muitas pessoas ligadas ao desporto também integram o sistema educativo e a situação pode ser uma "verdadeira bomba-relógio". Esqueceu-se que algumas também são profissionais de saúde, familiares de grupos de risco e até potenciais vítimas.

Infelizmente esta não é a única situação geradora de receios e há muitas outras a merecer atenção, mesmo que algumas preocupantes estejam aparentemente resolvidas, tardiamente é certo, com a obrigatoriedade da realização de um segundo teste PCR de despiste de infecção por SARS-CoV-2 entre o quinto e o sétimo dias após o desembarque no arquipélago, e que abrange para várias classes profissionais e estudantes, o mesmo acontecendo para as pessoas que tenham partido dos aeroportos da Região e regressem em período máximo de 72 horas.

Só que todos terão que ter cautelas acrescidas numa fase de aparente colapso de alguns sistemas de saúde na Europa, de subidas vertiginosas dos casos em Portugal e de algumas transmissões locais causadas por gestos imprudentes. O vírus não dá tréguas e nem a experiência acumulada gera abrandamentos.

Por enquanto, o filtro turístico funciona e bem nos aeroportos da Madeira, mas importa continuar a estar vigilante, usando as máscaras, desinfectando as mãos, evitando ajuntamentos e cumprindo com outras recomendações das autoridades de saúde. Se é certo que o vírus tem como aliados e cúmplices os incautos viajantes, os convictos imunes que iam e vinham a Lisboa com frequência sem cuidado e sem serem submetidos a testes e os desleixados do costume, é bom que o bicho saiba que terá luta intransigente dos que se recusam a pactuar com a morte, a  fazer parar de novo a economia, a aumentar a pobreza e a baixar a guarda, guerreiros que não devem ter medo, nem vergonha de se assumirem como agentes de saúde pública.

Tudo sem fundamentalismos e arrogâncias pois, pior do que haver bombas-relógio pontuais e bem identificadas, é termos toda uma sociedade armadilhada.

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