Madeira

Pedro Ramos ataca críticos dos Marmeleiros

Declarações entendidas como sendo uma autêntica resposta ao ex-dirigente socialista e hoteleiro, António Trindade

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O secretário regional da Saúde foi esta tarde ao Porto Moniz entregar material à Associação de Idosos e aproveitou para contra-atacar quem critica o estado de degradação do hospital dos Marmeleiros. Declarações entendidas na ocasião como sendo uma autêntica resposta ao ex-dirigente socialista e hoteleiro, António Trindade que há dois dias lamentava a precariedade da unidade de saúde.

“O SESARAM está numa fase de mudança em termos organizacionais e de planificação e essas mudanças verificam-se em todas as áreas, nomeadamente em algumas áreas da Saúde que, por estarem envelhecidas, necessitam de alguma intervenção, que é o que está a acontecer no Hospital dos Marmeleiros”, observou o governante que continuou o contra-ataque.

”Apesar de alguns, que apenas a visitam esporadicamente, tenham a necessidade de fazer comentários depreciativos sobre uma unidade de saúde, que tem um histórico que não pode ser esquecido, não pode ser ignorado”, afirmou Pedro Ramos.

O tutelar da pasta da Saúde do governo liderado por Miguel Albuquerque recordo que a intervenção que incide sobre a área externa do edifício, “terá continuidade a partir do segundo semestre de 2019 na área interna, dotando o hospital de outras condições”, nomeadamente humanas e ao nível do equipamento, mas também na recuperação dos materiais, janelas, casas de banho.

“Todas vão sofrer uma intervenção que vai permitir que este hospital continue a desempenhar um papel positivo no sistema regional de saúde, como tem vindo a desempenhar nos últimos 80 anos”, afiançou.

Depois de uma visita de António Trindade a um parente próximo, não se coibiu de comentar na sua página do facebook: “Não consigo deixar de manifestar, neste meu espaço, o sentimento de revolta e de desolação perante o que se me apresenta. Perante a devoção de uma classe médica e de enfermagem, a quem presto toda a minha homenagem, o estado de tão grande deterioração de um edifício (exteriores, interiores, paredes, portas, soalhos, equipamentos, etc) que sobre-lotado, não pode fazer minimamente face a algo que se possa considerar, como resposta digna às necessidades de uma população debiltada e muitas vezes desesperada”.

E rematou: “Gerir é e muito, definir prioridades e perante uma Região com uma pirâmide etária invertida, as da saúde terão de assumir um lugar primeiro”, referiu, defendendo que “não basta falar num novo Hospital público, que, na melhor das hipóteses, estará operacional dentro de 6 ou 7 ou 8 anos”.

A resposta de Pedro Ramos demorou dois dias.