Madeira

“Há uma agenda das esquerdas em Portugal para destruir a ADSE”, afirma Rui Barreto

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Através de um comunicado de imprensa, o CDS refere que “os acontecimentos recentes relacionados com a ADSE confirmam a posição assumida pelo partido de realização de um debate potestativo há três anos sobre a degradação deste regime e os atrasos nos reembolsos. Antes da realização desse debate, recorde-se que uma delegação do CDS reuniu-se em Lisboa com o presidente da ADSE precisamente para recolher informações sobre o que estaria a passar-se com este regime.

“Desde então, o CDS tem mantido uma profunda atenção sobre as várias situações que têm contribuído para deteriorar a ADSE, reduzir o valor das comparticipações e aumentar a comparticipação paga pelos beneficiários - que no total atinge os 14,5% - 3,5 para a ADSE e 11 para o regime geral da segurança social”, explica e acrescenta: “As notícias de que os prestadores de cuidados de saúde privados se preparam para deixar cair em Abril o contrato com a ADSE prejudica 1,2 milhões de portugueses e 46 mil beneficiários madeirenses”.

O líder do CDS decidiu por isso apresentar o Voto de Protesto na Assembleia Regional.

“Há uma agenda das esquerdas em Portugal para destruir a ADSE”, afirma, sem hesitar, o líder do CDS-PP Madeira, Rui Barreto, agastado com as últimas notícias que dão conta da intenção de vários prestadores privados de cuidados de saúde deixarem cair os contratos celebrados com o Governo, no âmbito da ADSE - Sistema de Protecção Social dos Trabalhadores em Funções Públicas”.

E continua: “Se as ameaças dos últimos dias se concretizarem e o Governo se mantiver longe do diálogo, cerca de 46 mil beneficiários madeirenses e 1,2 milhões em todo o território nacional correm o risco de ficarem sem cuidados de saúde, apesar de terem descontado antecipadamente 3,5% do seu salário e mais 11% para o regime geral da Segurança Social”.

“Tratando-se de um sistema com receitas próprias, que se paga a si próprio e apresenta resultados positivos acumulados nos últimos cinco anos, Rui Barreto diz que a questão é política e desafia PS, PCP e BE a esclarecer os portugueses “se são a favor ou contra a ADSE”, porque “a ADSE é lucrativa e tem condições para continuar”.

Diz ainda que “o argumento do Governo do PS para a ruptura, é a devolução de cerca de 38 milhões de euros que os privados terão cobrado a mais ao Estado”.

O líder do CDS não contesta os números mas estranha que “ um governo que já injectou na banca mais de 10 mil milhões de euros aos bancos, muito mais do que deu o anterior governo”.

O dirigente regional afirma que o Governo Central não pode colocar em causa a saúde de mais e 1,2 milhões de portugueses, até porque o regime a ADSE substitui-se “à lentidão e à falta de respostas a tempo e horas do serviço público.”