Adiada inquirição de testemunhas no caso do Monte
A inquirição de testemunhas no caso do Monte, agendada para esta sexta-feira (dia 8 de Novembro), no Juízo de Instrução da Comarca da Madeira (Palácio da Justiça), foi adiada. O adiamento é justificado pelo facto da juíza de instrução, Susana Mão de Ferro, se encontrar noutra diligência urgente.
Esta tarde deveriam ser ouvidos três funcionários da Câmara Municipal do Funchal (CMF) como testemunhas indicadas pelos arguidos Francisco Andrade e Idalina Perestrelo.
O director do Departamento de Recursos Naturais da CMF, José Carlos Marques, o adjunto do gabinete de apoio à vereação Énio Câmara e o funcionário Adão Mizeu foram convocados para testemunhar a partir das 14h30 desta sexta-feira. Inquirição que fica agora adiada.
Para o dia 15 de Novembro estão convocadas outras três testemunhas ligadas à autarquia, uma das quais é o comandante dos Sapadores do Funchal, José Minas.
A tragédia do Monte ocorreu a 15 de Agosto de 2017. Durante a investigação o Ministério Público constituiu três arguidos: o então presidente da Câmara, Paulo Cafôfo, a vereadora Idalina Perestrelo e o chefe de divisão de Espaços Verdes da CMF, Francisco Andrade.
Contudo, em Outubro de 2018 apenas foi requerido o julgamento dos dois últimos arguidos, acusados do crime de homicídio negligente.
Entretanto, tanto os arguidos que foram acusados como os familiares de algumas das vítimas pediram a abertura de instrução. Idalina Perestrelo e Francisco Andrade consideram que não devem ir a julgamento. Já as famílias das vítimas exigem que o arguido Paulo Cafôfo também seja julgado.