Madeira

Madeira pode ter perdido 1,5 milhões de lugares em aviões

Francisco Pita, director de marketing da Vinci Ana Airports, foi o keynote speaker da XIII CAT, a propósito da dependência de mercados emissores e fruto da falência de companhias aéreas

Foto Rui Silva/ASPRESS
Foto Rui Silva/ASPRESS

O orador convidado para colocar um ponto de ordem inicial nos trabalhos da XIII Conferência Anual de Turismo, Francisco Pita, em representação da Vinci Ana Airports, destacou o histórico de tráfego aéreo para a Madeira, lembrando que está hoje integrada numa rede de 46 aeroportos, em 12 países, movimenta 240 milhões de pessoas servidas por 14.500 trabalhadores.

Posto isto, destacou o movimento de tráfego aéreo nos aeroportos nacionais desde 2000 até 2019, que cresce acima da média dos aeroportos geridos pela Vinci Ana, bem como a taxa de ocupação dos aviões a crescer consecutivamente, a sazonalidade dos aeroportos a baixar e uma redução da dependência de alguns mercados internacionais, ainda que cada vez mais dependentes de três companhias aéreas.

No caso da Madeira, reparou o crescimento menor do destino Madeira menor do que a nível nacional, nomeadamente de 2000 a 2012 a crescer 0,9%, de 2013 a 2016 em 8% e desde 2017 a crescer apenas 0,4%.

Com taxas de ocupação abaixo da média nacional é na taxa de sazonalidade que se diferencia com a mais baixa a nível nacional, o que mostra que a Madeira é destino de ano inteiros.

Por fim, destacou o facto de a Madeira estar muito dependente de três mercados emissores, na ordem dos 78%, quando a média nacional de dependência do top 3 de mercados ronda os 66%, estando a Madeira muito dependente de um reduzido número de companhias áreas na ordem dos 56%, tendo sido o aeroporto da Madeira o que mais perdeu com a falência de companhias aéreas. Desde 2016 foram 14 só na Europa, nove das quais operavam na Madeira, e que representam uma persa potencial de 1,5 milhões de lugares, ou seja a Madeira poderá ter perdido 1,5 milhões de potenciais turistas que poderiam ter vindo para cá nos últimos três anos. Entretanto, muitos desses lugares foram repostos, frisou.