Esta segunda-feira é a vez do Presidente do Conselho de Administração da Ana- Aeroportos de Portugal, Thierry Ligonniére, ser ouvido na Assembleia Legislativa da Madeira durante a Comissão Eventual de Inquérito à Política de Gestão da TAP para a Madeira.

Questionado pelo deputado social-democrata, Eduardo Jesus, sobre a existência, ou não, de slots disponíveis no Aeroporto de Lisboa, Ligonniére admitiu que “há dificuldades de encontrar slots disponíveis”, mas que eles existem “apesar de não serem os mais atractivos”.

Ou seja, não são os premium (ao início e ao final do dia). Mas há slots disponíveis.

Também o deputado Lino Abreu, do CDS/PP, questionou sobre o mesmo tema: “É verdade que a TAP tem slots que não utiliza?”. O Presidente da Ana esclareceu: “Não (...) Todos os slots têm de ser utilizados”.

Sobre se a ANA tem planeado algum plano de incentivos para 2019 para aumentar as frequências de voos para a Madeira, uma pergunta feita também por Lino Abreu, Thierry Ligonniére, respondeu: “O interesse da Ana é aumentar o volume de passageiros”. Por isso, existem protocolos com parceiros: “Oferecemos às companhias aéreas incentivos financeiros para desenvolvimento das actividades”. Assim, em 2018, a ANA separou 6% da receita regulada para os incentivos da Madeira, o que correspondeu a 900 mil euros (cerca de 70 cêntimos por passageiro). Em 2019, a ANA vai aumentar para 8% da receita regulada, o que se traduz em 1,5 milhões de euros (um euro por passageiro).

Também o deputado do PSD, João Paulo Marques, já fez a sua primeira ronda de perguntas que incidiram essencialmente sobre a razão dos vários cancelamentos de voos da TAP para a Madeira em 2018. Apesar da insistência na pergunta, o presidente da ANA não especificou em que se traduzem os “motivos técnicos e operacionais” que a TAP dá como justificação.