Turismo

IATA garante que segurança nos voos é preocupação constante

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) encerrou ontem a sua assembleia geral anual, em Doha, com a ambição de melhorar a segurança nos voos, apesar de garantir que viajar de avião é seguro.

O desaparecimento de um voo da Malaysia Airlines há quase três meses foi lembrado na reunião, que começou no domingo.

"Os agentes do setor da aviação estão unidos para garantir que tal situação - o desaparecimento de um avião - não possa repetir-se", declarou o responsável pelas questões de segurança e operações aéreas no seio da IATA, Kevin Hiatt.

As taxas de acidentes nas companhias aéreas que são membros da associação aumentaram ligeiramente nos primeiros quatro meses do ano, segundo estatísticas ainda preliminares.

No período janeiro-abril, as taxas de acidentes para os membros da IATA foi de 0,34 acidentes por cada um milhão de voos (feitos por aviões de fabrico ocidental), ligeiramente acima dos 0,32 que foi a média nos cinco anos precedentes.

A IATA, que integra 242 companhias que representam mais de 84% do tráfego mundial, acrescentou que o conjunto da indústria (incluindo as companhias que não são membros da associação) tem um nível de segurança "sólido" com 0,29 acidentes por cada milhão de voos nos quatro primeiros meses do ano, contra 0,48 em média nos cinco anos anteriores.

Mas, as estatísticas foram eclipsadas pela tragédia do Boeing 777 da Malaysia Airlines que partiu a 8 de março de Kuala Lumpur com 239 pessoas a bordo e com destino a Pequim. O avião desapareceu e ainda não foi encontrado.

A IATA notou que participa no grupo de trabalho da Organização de Aviação Civil Internacional que vai elaborar até setembro propostas para controlar melhor o rasto dos aviões.

Hiatt sublinhou que o desafio é aumentar a segurança com medidas que possam ser aplicadas "imediatamente", reconhecendo, no entanto, que a IATA não tem autoridade para obrigar as empresas a adotá-las.

Por outro lado, a Sociedade Internacional de Telecomunicações Aeronáuticas propôs uma nova ferramenta destinada a referir as posições dos aviões de forma automática e independente da atuação da tripulação.

O novo dispositivo, que se aplica em sistemas já instalados em muitos aviões, vai permitir às companhias assinalar qualquer perda inesperada de contacto com o controlo aéreo e dar o alerta em terra.

A IATA, com sede em Genebra, vai realizar a sua próxima assembleia geral em Miami.