Turismo

Grupo português Viriato quer apostar no mercado de Macau

O grupo Viriato, uma empresa familiar  portuguesa de conceção de interior de hotéis, está em Macau para "explorar  oportunidades" no campo da hotelaria local e regional que manifesta um "forte  potencial de negócio".

"Como já fazemos noutros países procuramos aqui em Macau sinergias que  também nos permitam entrar no mercado chinês, o nosso maior concorrente  no equipamento hoteleiro embora nos hotéis de classe superior consigamos  apresentar uma qualidade de serviço melhor e mais competitiva", começou  por dizer António Rocha, presidente da empresa em declarações à agência  Lusa e Rádio Macau.

Por outro lado, o mesmo responsável salientou que Macau, "com o volume  de crescimento de hotéis que regista, com os novos projetos ligados aos  casinos que pretendem apresentar novos conceitos e excelente qualidade,  é uma montra que a empresa deve procurar conquistar até porque pode potenciar  outros negócios regionais, principalmente na China".

"Estar em Macau neste momento e com as atuais condições de trabalho  é um objetivo que não podemos descurar até porque estamos inseridos num  grupo de sete empresas que pode fornecer todo o equipamento para os hotéis,  desde os quartos aos atoalhados, das cerâmicas às loiças de mesa", disse  ao salientar que a crise em Portugal "desperta a procura de novos mercados  e Macau não podia ficar de fora, embora a empresa tenha no exterior cerca  de 80 % do seu trabalho".

Com contactos em várias unidades hoteleiras e empresários estabelecidos  em Macau, António Rocha garante, contudo, que o grande objetivo do grupo  Viriato quando entra num trabalho é "receber o hotel em bruto e entregar  com a chave na mão", num processo que "potencia o know how da empresa" e  que neste caso pode e deve ser "associado a empresas chinesas".

"É um primeiro contacto mais direto com as empresas e empresários para  que conheçam o nosso trabalho espalhado pela Europa, África e até na Ásia",  explicou ao referir que entre postos de trabalho diretos e indiretos tem  200 pessoas a seu cargo num conjunto empresarial que fatura anualmente cerca  de 25 milhões de euros.

Para além da apresentação esta semana, o grupo Viriato estuda a possibilidade  de criar uma empresa local o que deverá acontecer ainda este ano, numa aposta  que acredita "na qualidade da empresa e do trabalho português para uma plataforma  que é Macau e que pode ajudar a abrir outras portas".