Turismo

Confederação do Turismo quer mais fundos comunitários para sector no Algarve

A Confederação do Turismo Português quer um reforço dos fundos estruturais para o sector no Algarve, para reflectir a sua importância  na economia nacional e ajudar as empresas em áreas como a requalificação  e a promoção.

A estrutura representativa das associações empresariais do Turismo veio  a público defender esta posição depois de ter visto reflectidas na comunicação  social declarações sobre a necessidade de diversificar as áreas em que essas  verbas são aplicadas, feitas numa conferência organizada pela Comissão de  Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, responsável pela  aplicação de fundos comunitários na região.

A Confederação do Turismo Português (CTP) viu com "preocupação" essas  notícias sobre os fundos estruturais referentes ao Quadro Comunitário de  Apoio 2014-2020 e o facto de, na conferência, ter sido dito que "o desenvolvimento  do Algarve não se deveria circunscrever apenas ao Turismo" e "os fundos  estruturais europeus deveriam ser redistribuídos para outras áreas económicas  que pudessem ajudar na dinamização da região".

"A CTP considera que o Turismo, em particular no Algarve, não pode deixar  de ver reforçado o seu acesso a fundos estruturais, sobretudo nas áreas  da requalificação e promoção, que são hoje fulcrais para a manutenção e  sobrevivência das empresas turísticas", advertiu a confederação num comunicado.

O presidente da CTP, Francisco Calheiros, também considerou no texto  que "a concretização da possibilidade de se reduzirem os apoios comunitários  ao turismo algarvio representaria uma falta de consonância política com  as orientações do Governo".

O dirigente confederativo frisou que as orientações do executivo central  "têm vindo a defender o Turismo como uma actividade estratégica e fundamental  para a retoma da económica do país".

"O Turismo é actualmente o principal sector exportador de bens e serviços, representando cerca de 14% das exportações, 10% do Produto Interno Bruto  (PIB) e 8% do emprego no país, mas necessita de financiamento dos fundos  comunitários para a requalificação e promoção, sendo que os mesmos são essenciais  para a sustentabilidade da oferta turística existente e para o aumento da  competitividade", concluiu.