Apenas 19 grupos hoteleiros madeirense aderiram nos últimos oito anos ao programa Hotel Monitor, ferramente que permite acompanhar a performance dos hotéis e aferir as taxas de ocupação. A nível nacional, diz Cristina Siza Vieira, da Associação de Hotelaria de Portugal, que se deslocou à Madeira para participar numa sessão de esclarecimento da ACIF, tem “havido uma grande adesão”, estando actualmente registados mais de 600 empresas e grupos.

No caso concreto da Madeira, Cristina Siza Vieira, afirma que a adesão está muito abaixo da média nacional. “Para termos um retrato fiel a longo prazo da hotelaria portuguesa era fundamental termos mais adesões a esta ferramenta!”.

Cristina Siza Vieira explica que o projecto Tourism Think Tank tem o apoio de fundos comunitários e visa criar “uma rede de bens e serviços para a hotelaria e a outros sectores da economia e também às escolas”. Isto porque a Associação de Hotelaria de Portugal entende que ainda existe um certo distanciamento entre as escolas, universidades e a hotelaria. O estreitamento das relações entre o sector hoteleiro e as escolas e universidades permite que estas entidades formatem os cursos de forma adequada às necessidades.

A sessão de esclarecimento, que decorre nas instalações da ACIF, continua na parte da tarde com as explicações sobre as novas normas do Banco de Portugal, as quais obrigam as empresas com volumes de negócios superiores a 10 mil euros tenham que reportar essas informações para efeitos da balança de pagamentos. Anteriormente, diz, essa obrigação era da banca comercial, mas agora a responsabilidade passou para as empresas.

Da parte da ACIF, a presidente da direcção salientou a importância desta acção para o futuro do sector turístico regional. No entender de Cristina Pedra a Madeira deve apostar na “qualidade” e não no preço. “O Think Tank é uma forma de reflectir sobre a hotelaria. Sabemos que a hotelaria faz mexer todos os outros sectores , portanto é transversal enquanto dinamizador da economia”.

A sessão de hoje tem precisamente como objectivo explicar novas formas de captar turistas e mercados emissores. “Nós sabemos que a Organização Mundial do Turismo prevê um aumento do turismo, que existem cada vez mais concorrência, mas também existem mais pessoas a viajar. Pessoalmente acho que não nos devemos posicionar num segmento de preço, mas de qualidade”.

A segurança, a natureza, o mar e o clima devem ser aspectos em que a Madeira e os seus agentes hoteleiros devem apostar cada vez mais, diz a presidente da direcção da ACIF.