Turismo

APAVT reivindicativa

O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagem mostrou-se reivindicativo em várias frentes no discurso de abertura do 39.º Congresso da APAVT que arrancou esta quinta-feira em Angra do Heroísmo e que contou com a presença de governantes da  República, dos Açores e da Madeira.

Pedro Costa Ferreira pediu ao Governo que encontre uma solução legal e geradora de igualdade entre todas as empresas para aquilo que entende ser uma "discriminação" que resulta do facto das facturas das agências de viagens não permitirem ao consumidor a dedução de 15% do IVA.

O presidente também solicitou à tutela ser necessário prosseguir com os esforços no sentido de "eliminar as deficiências e ineficiências na concessão de vistos". Isto porque, sem querer ultrapassar a lei, nem esquecer pressupostos de segurança, julga que "a lei é rigorosa e, porventura nalguns casos, castradora da livre circulação de pessoas, mas o combate à ineficiência e indiferença permitirá certamente minorar esses efeitos, contribuindo assim para a vinda de mais turistas a Portugal”.

Mais. Pedro Costa Ferreira exortou a que a tutela prossiga o esforço para diminuir a influência do Estado na promoção, quer de um modo geral, como concretamente na constituição da Agência Nacional de Promoção Turística, projecto que permitirá aos privados, liderados pela Confederação do Turismo Português, “assumir de forma efectiva o trabalho da promoção do país. "Somos acérrimos defensores de uma voz única do turismo, reconhecemos na Confederação do Turismo Português essa voz”, referiu.

Para além das exigências feitas, para o secretário de Estado do Turismo poder responder, Costa Ferreira também lançou apelos internos à firmeza, ao diálogo e à legitimidade na resolução de conflitos. Em causa por exemplo, o prazo de pagamento às companhias áreas e a diminuição de comissões.  É sua convicção que no mundo novo a necessidade dos agentes de viagens foi renovada. Daí que conclua: “Se quem viaja vai precisar de agentes de viagem, quem vende passagens aéreas ou alojamento vai precisar de agentes de viagem" refere, embora admita sentir que "as companhias aéreas e os hotéis continuam a confundir pagamento de comissões com um custo adicional que afecta a sua margem de comercialização”. Com uma agravante no que toca às companhias aéreas: "Depois de nos terem pedido para pagar mais cedo, quiseram que ganhássemos menos, nós que trabalhamos cada vez mais".