Turismo

TAP sem planos para voltar a voar para Guiné-Bissau

O presidente da TAP, Fernando Pinto, disse  hoje que os voos para a Guiné-Bissau estão cancelados e que a companhia  não tem planos para voltar a voar para este destino.

"O voo está cancelado. Não temos nenhuma indicação de reabertura. Se  mais tarde voltarmos a decidir voar para lá será uma nova decisão", disse  o presidente da transportadora aérea durante um encontro com os jornalistas,  em Lisboa.

Fernando Pinto afirmou que a preocupação da companhia, neste momento,  "é com os passageiros que compraram bilhetes", nomeadamente "para o Natal",  estando a trabalhar para que "as pessoas estejam nos seus destinos antes  das festas natalícias".

O presidente da TAP disse que, quando a companhia anunciou a suspensão  dos voos, na semana passada, existiam "um pouco mais" de mil reservas.

Os passageiros que tinham comprado bilhetes para esta rota estão a ser  transportados em voos especiais Lisboa-Dakar, assegurados pela TAP, e Dakar-Bissau,  com aviões fretados à Senegal Airlines.

Fernando Pinto afirmou que estes voos especiais deverão realizar-se  "até ao final do ano".

Questionado sobre o impacto financeiro desta situação, o presidente  da TAP não avançou um valor, mas afirmou que há "um custo pesado para a  empresa".

No dia 11 de dezembro, a TAP anunciou a suspensão da operação para Bissau  "perante a grave quebra de segurança ocorrida" no embarque de um voo para  Lisboa, que implicou o transporte de 74 passageiros sírios com passaportes  falsos.

Hoje, Fernando Pinto disse que a "TAP recebeu a informação de que se  não descolasse com aqueles passageiros, a aeronave seria retida 'sine die'  [locução latina que significa sem uma data certa]", acrescentando que a  transportadora fez o voo "para evitar problemas com os outros clientes que  estavam a bordo".

A companhia aérea assegurava três voos semanais para a Guiné-Bissau,  à segunda-feira, à quinta-feira e ao sábado.