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Governo israelita anuncia acordo para ultrapassar crise na coligação

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O Governo israelita anunciou hoje um acordo entre parceiros da coligação sobre um controverso projeto-lei, que garante provisoriamente as condições para sair da crise que ameaçava derrubar o executivo e convocar legislativas antecipadas.

O texto em questão destina-se a manter a dispensa de serviço militar para os estudantes judeus ultraortodoxos.

Há vários dias que está no centro de uma grave crise, e cuja resolução dependia da atitude do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, alvo de inquéritos policiais sobre presumível corrupção.

Os partidos ultraortodoxos, que na coligação representam os judeus que seguem rigorosamente as regras da sua religião e que incluem 10% da população, ameaçaram não votar o orçamento de 2019 caso não fosse aprovada a dispensa militar.

O ministro das Finanças, Moshe Kahlon, e o ministro da Defesa Avigdor Lieberman, chefes de dois outros partidos da aliança governamental, ameaçaram demitir-se na sequência das reivindicações dos ultraortodoxos.

Na noite que hoje, um comité ministerial decidiu por unanimidade permitir a liberdade de voto a cada partido da coligação sobre este texto, indiciou em comunicado o Ministério da Justiça.

O projecto-lei deverá assim ser aprovado em exame preliminar pelo parlamento, sem que a oposição de uma parte da maioria comprometa a solidariedade governamental.

Por sua vez, os partidos ultraortodoxos deverão por sua vez aprovar o projecto de orçamento.

Este compromisso afasta de momento a perspectiva de antecipação das eleições, agendadas para novembro de 2019.