Madeira

“Não ter hospital foi uma escolha do Governo Regional”, acusa Paulino Ascensão

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O coordenador do BE-Madeira, Paulino Ascensão, já reagiu à resposta do PSD-Madeira em relação à entrevista que Mariana Mortágua concedeu ao DIÁRIO, publicada na edição impressa de hoje, num artigo em que a esquerdista acusa o Governo Regional de ter “as prioridades ao contrário”.

“O Governo Regional da Madeira tem as prioridades ao contrário, tem toda a razão a deputada Mariana Mortágua. Se não há um hospital decente e um serviço de saúde decente na Madeira é porque o PSD não quis. O PSD esbanjou milhões nos estádios, no novo cais, no Lugar de Baixo, no heliporto, na cota 500 e em tantas obras feitas à pressa, não ter um hospital foi uma escolha do Governo Regional do PSD”, começa por afirmar Paulino Ascensão, defendendo as declarações de Mariana Mortágua.

De acordo com o bloquista “este governo de Miguel Albuquerque, deitou milhões pelas ribeiras abaixo, destruiu pontes e muralhas centenárias, descaracterizou a paisagem do Funchal para nada. O orçamento regional para 2018 prevê muitos milhões para vias rápidas que não são prioridade, para estreitar mais ribeiras e um valor residual para a saúde que tantas carências apresenta”.

“É o PSD quem prejudica a Madeira e a maioria dos madeirenses. O PSD escorraçou o ferry do Armas para proteger o monopólio nos portos e no transporte marítimo. O PSD criou um modelo de subsídio de mobilidade que torna os preços das viagens insuportáveis e afasta a concorrência, que subsidia as companhias aéreas e as agências de viagens à custa dos madeirenses; O PSD levou a Madeira à bancarrota, fez perder rendimentos, aumentar os impostos, levou ao desemprego, à pobreza e à emigração de uma nova geração. O PSD aceitou as condições dos juros da dívida mais caras para a Madeira que os da República, com um governo PSD em Lisboa. O PSD nos governos de Lisboa e da Madeira negociou as verbas da Segurança Social com valores para os Açores superiores aos da Madeira”, acrescenta Paulino Ascensão, prosseguindo nas ‘alfinetadas’.

“O governo da República tem rigorosamente a mesma legitimidade política e democrática que o Governo Regional ou que o presidente da Assembleia Municipal do Funchal. Legitimidade assente numa maioria de deputados eleitos democraticamente”.

“O Governo Regional em vez de governar em prol da maioria dos madeirenses, dedica-se a satisfazer as suas clientelas partidárias e a inventar supostos inimigos externos, para tentar esconder a sua incompetência e má fé. O Governo Regional não faz o trabalho de casa”, concluiu o bloquista.