Madeira

Governo Regional quer ‘aliviar’ Saúde dos cuidados domiciliários

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A Madeira inspirou seis países de Leste a adoptar medidas que são implementadas na Região, no que diz respeito aos cuidados que temos relativamente à terceira idade nos seus lares. Estas ‘transferências’ de ideias surgem ao abrigo da ‘HoCare’, “uma parceria de cooperação territorial, em que no âmbito de um programa comunitário, o Interreg Europe, a Madeira juntamente com oito regiões europeias, lideradas pelo Chipre, fazem em conjunto o levantamento das boas práticas a nível dos cuidados domiciliários na terceira idade”, explicou Jorge Faria, presidente do Instituto de Desenvolvimento Empresarial (IDE).

Na sequência da apresentação destes projectos, o vice-presidente do Governo Regional marcou presença nesta cerimónia, esclarecendo que “é preciso ter alguém que cuide das pessoas domiciliariamente”, pois ao fazermos isso “estamos a proteger a qualidade de vida dessas pessoas e estamos a afastá-las de um sistema de saúde que deve ser mantido apenas para tratar situações urgentes e não de cuidados continuados de saúde”, ou seja, a Região tem de ser capaz de “criar melhores condições e qualidade de vida” na terceira idade, para que estas pessoas estejam em casa “junto dos seus familiares, com uma boa assistência domiciliária”, afirmou Pedro Calado.

“Esta troca de experiências para fora da Região prova que estamos no caminho certo. O financiamento com verbas comunitárias para projectos privados, onde se estuda esta matéria e onde se troca esta experiência, tem sido um passo acertado, porque faz criar postos de trabalho e desenvolve a economia nesta área de negócios, que é a rede de cuidados continuados e cuidados domiciliários”, explicou Pedro Calado, sobre uma matéria que está a “afligir toda a sociedade”.

Quanto ao investimento para este ano nesta rede de cuidados, Pedro Calado avançou que o executivo madeirense irá despender para esta problemática um valor na ordem de um milhão de euros. “Estamos a reforçar o apoio domiciliário e a quem presta os serviços, e também a apoiar as entidades públicas, portanto, esta é uma questão que nos preocupa e que temos muito bem presente no nosso dia-a-dia. Queremos aliviar o Serviço Regional de Saúde destes cuidados”, disse o vice-presidente.

“Muitas vezes quando falamos que o Serviço Regional de Saúde tem muitas camas ocupadas, temos de ter noção que há muitas famílias que não têm possibilidade de sustentar o bom envelhecimento das pessoas, e quando falo nessa questão, refiro-me à qualidade de vida que hoje nós temos, a esperança media de vida que aumentou, e a baixa natalidade, traz-nos um bom problema, no sentido que as pessoas têm melhor qualidade de vida”, concluiu.